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ATUALIZADA - Maduro troca ministra após dados de saúde

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, trocou sua ministra da Saúde um dia após a pasta divulgar números que mostraram o forte aumento da mortalidade infantil e o alastramento de doenças antes erradicadas. As estatísticas

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 12.05.2017, 21:00:13 Editado em 12.05.2017, 21:00:15
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, trocou sua ministra da Saúde um dia após a pasta divulgar números que mostraram o forte aumento da mortalidade infantil e o alastramento de doenças antes erradicadas.

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As estatísticas confirmam o colapso no setor, um dos mais afetados pela escassez. A entrada de ajuda humanitária para amenizar a crise é uma das principais reivindicações da oposição.

Antonieta Carporale será substituída por Luis López Chejade, que foi vice-ministro de Hospitais e ocupava o cargo de secretário estadual de Saúde de Aragua (norte).

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O anúncio foi feito pelo vice-presidente Tareck el-Aissami, da linha dura do chavismo, que até janeiro era chefe direto de Chejade.

Segundo Aissami, Maduro agradeceu a agora ex-ministra "por seu trabalho e compromisso à frente do ministério". As causas da demissão não foram divulgadas.

Corporale deixa o ministério um dia após revelar uma alta de 30,12% na mortalidade infantil e de 65% na mortalidade materna no ano passado em relação a 2015.

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O relatório aponta que 11.466 crianças morreram antes de completar um ano de idade. O ministério, porém, não faz a comparação em relação aos nascidos vivos, como ocorre em outros países.

Os dados também confirmam a expansão de epidemias, inclusive de doenças que chegaram a ser erradicadas. Houve 324 casos de difteria, que não era registrada no país caribenho desde 1992.

No caso da malária, foram mais de 240 mil afetados no ano passado, 76% a mais que em 2015. Também houve epidemias de dengue e chikungunya e um surto de sarna.

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Os números destas doenças já haviam crescido nos últimos anos devido à falta de saneamento básico, mas a situação piorou com a crise.

O atendimento em hospitais e postos de saúde é afetado pela falta de medicamentos e insumos, como esparadrapo, luvas e gaze, importados de forma oficial somente pelo governo.

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Segundo a Federação Médica Venezuelana, os hospitais estão funcionando com apenas 3% dos remédios e equipamentos requeridos.

Pacientes com doenças graves ou de tratamento contínuo migram para países como Brasil e Colômbia em busca de atendimento. A migração levou o sistema de saúde de Roraima ao colapso.

PROTESTOS

Um dos grupos mais afetados pela crise na saúde, os idosos foram às ruas venezuelanas nesta sexta em protesto contra Nicolás Maduro.

Na capital Caracas eles tentaram avançar da zona leste da cidade rumo à sede da Defensoria do Povo, no centro, para entregar uma carta com suas reivindicações.

Parte do grupo foi atingido por gás pimenta disparado pela Guarda Nacional, que depois entrou em confronto com jovens encapuzados.

Houve atos também no interior, mas pacíficos. No centro da capital, idosos governistas fizeram uma manifestação a favor de Maduro.

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