SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A família do crítico literário Antonio Candido, morto nesta sexta-feira (12), prestou homenagem em nota oficial e enalteceu seu trabalho na literatura e na política. "Foi um socialista democrático convicto ao longo de toda a vida tendo integrado os quadros do Partido dos Trabalhadores desde o início", reiterou.
Leia a nota na íntegra:
"Antonio Candido (de Mello e Souza) morreu nesta madrugada de 12 de maio às 1:40 H em decorrência de complicações ocasionadas por uma obstrução gástrica.
No princípio da vida intelectual foi crítico literário ativo, tendo se tornado professor muito cedo para atuar, sucessivamente, nas cadeiras de Sociologia e Teoria Literária da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde formou várias gerações numa atividade pedagógica continuada. É autor de textos seminais sobre literatura como 'A dialética da malandragem' e 'De cortiço a cortiço' ambos publicados em O discurso e a cidade, seu livro de ensaios mais importante.
Para Antonio Candido a arte e a literatura respondem à necessidades profundas do ser humano. E foi sobre isso que ele refletiu em 'O direito à literatura', outro ensaio igualmente importante, em que defende a necessidade de extender a todos, sem distinção de classe, o acesso a este bem imaterial. É autor, ainda, de dois clássicos, um na área da literatura - Formação da literatura brasileira: momentos decisivos -, outro na área da Sociologia - Os parceiros do Rio Bonito: estudo sobre o caipira paulista e a transformação de seus meios de vida.
Foi um socialista democrático convicto ao longo de toda a vida tendo integrado os quadros do Partido dos Trabalhadores desde o início.
Era viúvo de Gilda e Mello e Souza com quem teve três filhas, oito netos e cinco bisnetos."
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