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Alvo de queixas, Samu leva mais de 1 hora para atender ferido na marginal

REGIANE SOARES SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), gerenciado pela gestão João Doria (PSDB), demorou mais de uma hora para socorrer um motociclista que sofreu um acidente na manhã desta terça (2), na marginal Pi

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 03.05.2017, 14:05:08 Editado em 03.05.2017, 14:05:11
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REGIANE SOARES

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), gerenciado pela gestão João Doria (PSDB), demorou mais de uma hora para socorrer um motociclista que sofreu um acidente na manhã desta terça (2), na marginal Pinheiros, sentido Castello Branco, próximo à ponte do Morumbi (zona oeste).

O caso não é isolado. Familiares de pessoas que ligaram para o Samu reclamam de demora e até de falta de atendimento. O Samu diz que foi inicialmente acionado às 7h02. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), que chegou ao acidente às 7h12 e, "imediatamente", acionou o Samu. A ambulância chegou após as 8h30, segundo apurou a reportagem.

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O serviço diz que essa primeira chamada, de um cidadão, passou informação errada que acabou complicando a chegada ao local do acidente. A gestão Doria não divulgou detalhes do acidente como a gravidade do ferimento e o horário de chegada da ambulância. O acidente bloqueou duas faixas da pista expressa da marginal, o que causou lentidão no trânsito.

URGÊNCIA

Para comparação, quando alguém se acidenta e seu estado é de urgência (nível 1, ou prioridade absoluta), o padrão de referência de tempo de atendimento aceito por parâmetros internacionais varia de 10 a 12 minutos. Em 2015, por exemplo, a média de atendimentos nesse nível, na capital, variava entre 9 min 16 s (na região sudeste) e 15 min 8 s (na região sul).

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Ao lançar o programa Marginal Segura, em 25 de janeiro, quando voltou a aumentar a velocidade das marginais, o prefeito João Doria disse que essas vias teriam socorro rápido, parecido aos das estradas privatizadas. Na ocasião, a gestão anunciou que recebeu do Ministério da Saúde quatro ambulâncias exclusivamente para agilizar o atendimento nas duas marginais.

DEMORA

A família do aposentado José Alves de Araújo, 67, viveu momentos de tensão no último dia 30, enquanto esperava por uma ambulância do Samu. A comerciária Iasmin de Sousa Araújo, 20, uma das filhas do aposentado, estava na rua quando soube que o pai havia caído em casa, cortado a cabeça e estava desacordado e sangrando.

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"Voltei correndo para casa e, do caminho, já chamei o Samu. Mas eles não chegavam. Esperamos por uma hora e, como não veio ninguém, um vizinho levou meu pai até o pronto-socorro no carro dele", afirmou Iasmin. A comerciária disse que, quando o vizinho ofereceu ajuda, ligou no Samu para cancelar o chamado. "Foi um total descaso. A atendente disse apenas 'o Samu agradece o seu contato'", disse.

Em 26 de abril, a família de um paciente de São Paulo em surto de esquizofrenia solicitou uma ambulância do Samu às 20h13, mas diz que o socorro não chegou. Também não tiveram resposta sobre o pedido. "O que deveria ser feito nesses casos? Conviver com a situação e o risco conforme a esquizofrenia oferece por não ter um serviço de emergência que não nos atenda?", desabafa um familiar.

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VELOCIDADE

O secretário municipal dos Transportes, Sergio Avelleda, voltou a dizer nesta terça (2) que o aumento do limite de velocidade nas marginais, em 25 de janeiro, não é a causa do crescimento no registro de acidentes.

"Não há nenhuma evidência de que o aumento na velocidade seja a causa dos acidentes. Um dos números divulgados na semana passada mostra o aumento no número de acidentes entre caminhões, que não tiveram as velocidades alteradas", afirmou.

Segundo Avelleda, a notificação é maior porque cresceu a presença de agentes da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e do Samu. A gestão João Doria (PSDB) disse que o atraso na chegada do Samu aconteceu devido a uma informação errada sobre o local do acidente passada por uma pessoa que esteve na via antes da CET.

"Isso fez com que fosse acionada uma ambulância de uma base mais distante do verdadeiro local da ocorrência, e o trânsito no horário ampliou a dificuldade para a chegada", diz a prefeitura, que não deu detalhes da ocorrência. Sobre o atendimento de José Alves de Araújo, o Samu diz lamentar o atraso e que é "necessária apuração mais criteriosa".

Sobre o outro paciente, diz que analisa o caso criteriosamente e que a chamada foi cancelada pois, "após inúmeras tentativas", não conseguiu contato com o solicitante. O Samu diz seguir todos os protocolos previstos.

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