MAIS LIDAS
VER TODOS

Geral

ATUALIZADA - Venezuela tem mais dois mortos em manifestações contra Maduro

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Pelo menos duas pessoas morreram em manifestações da oposição ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, nesta quarta-feira (19), dia em que os rivais e os aliados do chavista fizeram as maiores mobilizações em 20 dias de ond

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 19.04.2017, 21:15:04 Editado em 19.04.2017, 21:15:07
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Pelo menos duas pessoas morreram em manifestações da oposição ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, nesta quarta-feira (19), dia em que os rivais e os aliados do chavista fizeram as maiores mobilizações em 20 dias de ondas de protestos no país.

continua após publicidade

Enquanto os opositores eram reprimidos pelas forças de segurança, Maduro disse a seus aliados que os adversários eram os responsáveis pela violência e que estava "desmontando o golpe de Estado", como se refere à pressão contra seu governo.

Ambas as mortes ocorreram em antigos redutos governistas, onde moradores já haviam se manifestado contra Maduro na semana passada. Segundo testemunhas, os assassinos seriam membros de coletivos (milícias armadas chavistas).

continua após publicidade

No início da manhã, o estudante de economia Carlos Moreno, 17, foi baleado na cabeça ao passar por um protesto opositor enquanto seguia para uma academia.

Ao jornal "El Nacional", a deputada Olivia Lozano disse que 20 milicianos em motos haviam acabado de chegar para atacá-los. Além dos tiros, eles atiraram uma bomba de gás lacrimogêneo.

Moreno chegou a ser levado por manifestantes em uma moto a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Horas mais tarde, a estudante Paula Gómez, 23, também seria baleada na cabeça em San Cristóbal, no oeste do país.

continua após publicidade

A manifestante filmava a chegada dos coletivos ao protesto opositor quando foi atingida. Com os dois, chega a oito o número de mortos em 20 dias de manifestações. Mais de 500 pessoas ficaram feridas, das quais 200 nesta quarta.

Quase todos os protestos da oposição foram alvo das forças de segurança, reunidas em uma operação anunciada por Maduro na noite de terça (18). Em Caracas a Guarda Nacional e a Polícia impediram pela sexta vez a chegada dos manifestantes da oposição ao centro da cidade.

Eles usaram bombas de gás lacrimogêneo, jatos d'água e balas de borracha contra os grupos, que partiram de 26 locais em todas as zonas da cidade. Um grupo de centenas de manifestantes respondia com pedras, balas de borracha e coquetéis molotov.

continua após publicidade

A repressão maior foi registrada na oeste na e sul. As duas áreas pertencem ao município de Libertador, o maior dos cinco que compõem a capital e o único governado por um chavista. Segundo deputados opositores, o governo ordenou que não houvesse manifestações na região.

O uso de gás, água e balas de borracha para dispersar os opositores se repetiu nas cidades de Barquisimeto, Maracaibo, San Cristóbal e Valencia e na turística ilha de Margarita. A ONG Foro Penal, que monitora as manifestações, disse que 270 pessoas foram detidas nesta quarta.

continua após publicidade

ATO CHAVISTA

Cercado pela Guarda Nacional e a Polícia, o centro de Caracas voltou a ser o local da manifestação de apoio a Nicolás Maduro. Milhares de chavistas caminharam pelas ruas até a Assembleia Nacional, dominada por seus rivais desde janeiro de 2016.

A seus seguidores, o presidente disse que quer enfrentar os adversários nas urnas em breve, mas que a decisão sobre a data é do Conselho Nacional Eleitoral, composto por aliados do governo.

continua após publicidade

"Quero ganhar essa batalha e quero que o povo se prepare para ganhá-la em paz e com votos, que nos preparemos para ter uma vitória eleitoral total para colocar em seus lugares os conspiradores, os assassinos e a direita intervencionista".

A convocação das eleições regionais é uma das principais exigências da oposição, da União Europeia e dos países das Américas, que a veem como uma das soluções para a resolução da crise.

A votação, que deveria ter sido em dezembro passado, foi adiada duas vezes --a última delas em fevereiro, quando o CNE convocou uma revalidação dos partidos.

Maduro também anunciou a prisão de 30 pessoas que, segundo ele, compunham "quadrilhas de terroristas" contratadas pelos rivais.

Por fim, disse que a Venezuela não cederá às pressões dos EUA, a quem acusa de liderar o golpe, e dos países que o criticam, a quem chamou de "marionetes". "Estamos escrevendo a história dos povos rebeldes na Venezuela e na América Latina".

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Geral

    Deixe seu comentário sobre: "ATUALIZADA - Venezuela tem mais dois mortos em manifestações contra Maduro"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!