PATRICIA ARAÚJO
VATICANO (FOLHAPRESS) - Em viagem a Roma para audiência com papa Francisco, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), comentou sobre a polêmica envolvendo a mudança de nome da ponte das Bandeiras, na marginal Tietê, zona norte de São Paulo.
Nesta terça-feira (18), o presidente da Câmara dos Vereadores de São Paulo, Milton Leite (DEM) promulgou o projeto de lei que acrescenta o nome do ex-senador Romeu Tuma, morto em 2010, à ponte.
Romeu Tuma foi diretor do Dops (Departamento de Ordem Política e Social) entre as décadas de 1970 e 1980, período da ditadura militar (1964-1985).
Doria afirmou que a decisão é "da Câmara, uma decisão do Legislativo, e não cabia manifestação do Poder Executivo" em relação a ela. O prefeito ainda disse que respeitará a adoção do nome. "Se a Câmara decidiu favoravelmente, essa foi uma decisão do Legislativo e nós respeitamos."
A mudança foi promulgada após ter sido superado o prazo em que o prefeito poderia decidir sobre a sanção ou veto do projeto.
A prefeitura havia decidido vetar o texto com base em recomendações do Ministério Público de São Paulo e das secretarias municipais de Justiça e de Direitos Humanos, mas voltou atrás após articulação do vereador Eduardo Tuma (PSDB), sobrinho do político e autor do projeto.
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