SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Dezenas de combatentes da organização terrorista Estado Islâmico (EI) morreram no Afeganistão devido ao ataque dos EUA na quinta (13) com a mais potente bomba não nuclear de seu arsenal.
Segundo o general Dawlat Waziri, porta-voz do ministro da Defesa afegão, 36 militantes foram mortos e três grande túneis destruídos no bombardeio ocorrido na província Nangarhar. O representante do governo provincial, no entanto, afirmou que 82 combatentes do EI morreram na ação.
A GBU-43/B --conhecida como "mãe de todas as bombas" em um trocadilho com a sigla "moab" (que pode representar a expressão "mother of all bombs" ou o acrônimo em inglês para munição maciça para explosão no ar)--foi lançada de um avião MC-130 sobre áreas do Afeganistão onde estariam túneis usados pelo EI.
As mortes não foram verificadas de maneira independente, mas o porta-voz do ministro da Defesa do Afeganistão afirmou que nenhum civil foi morto no ataque, que mirou uma rede de túneis e cavernas usada pela milícia.
Segundo Waziri, uma base do EI também foi destruída no ataque. A agência de notícia Reuters diz que uma vila localizada a cerca de cinco quilômetros do local da explosão sofreu seus efeitos.
O Estado Islâmico negou ter sofrido baixas no ataque.
O ex-presidente afegão Hamid Karzai condenou o uso da arma. "Isso não é uma guerra contra o terrorismo, mas o mais desumano e brutal uso indevido do nosso país como campo de teste de novas e perigosas armas", escreveu em um canal oficial.
Essa foi a primeiro vez que o armamento foi usado em combate. O artefato, projetado pela Força Aérea dos EUA em 2002, pesa mais de dez toneladas, com 8.164 quilos de explosivos.
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