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ATUALIZADA - Jovem é morto em protesto na Venezuela

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um estudante de direito de 20 anos foi morto pela polícia na noite de segunda-feira (10) enquanto participava de um protesto contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Valencia, a 167 km a oeste de Caracas. Daniel Qu

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 11.04.2017, 21:15:10 Editado em 11.04.2017, 21:15:12
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um estudante de direito de 20 anos foi morto pela polícia na noite de segunda-feira (10) enquanto participava de um protesto contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Valencia, a 167 km a oeste de Caracas.

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Daniel Queliz é o primeiro manifestante a morrer na onda de atos da oposição ao governo chavista, iniciada há 12 dias. Outras duas pessoas sem relação com as mobilizações morreram em meio à repressão das forças de segurança aos protestos.

Segundo testemunhas, o universitário fazia parte de um grupo que cercou uma base policial perto de um condomínio por volta das 23h (0h em Brasília). Os agentes reagiram usando munição letal, em vez de balas de borracha.

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Um dos disparos atingiu o peito de Queliz, que caiu imediatamente. O primo do estudante, Jonathan Arias, disse que a vítima chegou a ser levada pela família a um hospital de Valencia, mas não resistiu aos ferimentos.

O Ministério Público e o órgão pericial do investigam o crime, mas as autoridades ainda não identificaram o policial que teria feito o disparo. Os líderes da oposição repudiaram a nova morte em um de seus protestos.

"[A morte] deve doer na alma dos venezuelanos, chega! Até onde Maduro é capaz de chegar? Matam alguém enquanto ele passava férias em Cuba", disse o ex-presidenciável Henrique Capriles.

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Ele se referia à viagem do mandatário a Havana para participar da cúpula da Alba (Aliança Bolivariana das Américas), cujos países deram apoio ao governo chavista em relação à crise política.

Nesta terça (10), uma comitiva da Assembleia Nacional liderada por seu presidente, Julio Borges, exigiram à Guarda Nacional o fim da repressão. A força participa da contenção dos manifestantes, junto com a Polícia Nacional e as Forças Armadas.

Além dos opositores a Maduro, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos e o Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos exigiram o respeito ao direito de manifestação e o fim do uso de militares na repressão.

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VÍTIMAS

A morte de Queliz aconteceu horas depois que uma mulher asmática de 87 anos morreu em seu apartamento em Caracas ao aspirar o gás lacrimogêneo atirado pela Guarda Nacional contra os manifestantes na sua rua.

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Na quinta (6), um policial matou o estudante Jairo Ortiz, que foi atingido por munição letal ao passar perto de um ato em Carrizal, cidade próxima à capital. O agente responsável pela morte foi preso na sexta (7).

A repressão também deixou mais de 100 feridos. Segundo a ONG Foro Penal, as forças de segurança prenderam 297 pessoas nas cinco manifestações opositoras que ocorreram na Venezuela desde 1º de abril.

A série de manifestações foi desatada em 30 de março, quando o Tribunal Supremo de Justiça, dominado pelo governo, determinou o fim da imunidade parlamentar e a retirada do poder de legislar da Assembleia Nacional.

A oposição, que controla o Legislativo, e a maioria dos países das Américas viram as sentenças como um golpe de Maduro. As decisões foram revertidas três dias depois.

Os atos, que se mantiveram apesar da reversão das sentenças judiciais, ganharam novo fôlego na sexta (7) quando a Controladoria-Geral cassou por 15 anos os direitos políticos de Henrique Capriles.

Nesta terça (11), a defesa do principal líder opositor solto e virtual candidato presidencial disse que avaliam recorrer da decisão na própria Controladoria e no Tribunal Supremo de Justiça, ambos dominados por governistas.

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