SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Funcionários da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) decidiram voltar ao trabalho no final da tarde desta terça-feira (11) após uma paralisação iniciada ainda na madrugada. A expectativa da companhia é que a circulação de trens seja normalizada nas próximas horas.
Enquanto os trabalhadores retornam aos postos de trabalhos, a linha 10-turquesa, que liga o Brás até a cidade de Rio Grande da Serra, continua parada, enquanto a linha 7-rubi, que liga a região central de São Paulo a Jundiaí, opera apenas parcialmente.
As operações na linha 7-rubi acontecem apenas entre as estações Luz a Francisco Morato e com maiores intervalos. Entre as estações Francisco Morato e Jundiaí está funcionando o Paese (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência), com a disponibilização de ônibus.
As demais linhas não tiveram alteração já que os sindicados dos trabalhadores ferroviários da Zona Sorocabana e da Zona Central do Brasil optaram por aceitar a proposta da CPTM em assembleias realizadas na segunda. Apenas funcionários ligados ao Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo decidiu parar.
Segundo a categoria, foi fechado um acordo com a companhia de trens de São Paulo em setembro do ano passado para que o pagamento do PPR (Programa de Participação de Resultados) acontecesse em 31 de março deste ano. O valor, porém, não foi pago integralmente.
A CPTM afirmou que propôs o pagamento da segunda parcela em junho. Inicialmente, seria em 30 de junho, mas durante negociações acabou antecipado para 16 de junho, além de ser incorporada a correção monetária desses dois meses.
Mesmo com a retomada das atividades, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo, Eluís Alves de Matos, afirma que recorrerá à Justiça contra o descumprimento do acordo assinado no ano passado. "A CPTM não honrou o que estava combinado", afirma.
Na noite de segunda, a CPTM afirmou que "considera irresponsável" a decisão do sindicato de paralisar.
"A companhia lamenta a decisão arbitrária e espera que os empregados das linhas 7 e 10 atuem com bom senso, considerando a responsabilidade de garantir a prestação de serviço aos quase 780 mil usuários que utilizam diariamente os trens a para chegar ao trabalho, a escola, ao médico, a rede hospitalar, entre outros inúmeros compromissos assumidos", afirmou.
Na próxima semana, a categoria deve voltar a mesa de negociações com representantes da CPTM para discutir o reajuste salarial deste ano. Segundo Matos, a categoria pede a correção da inflação e mais 5% de aumento real.
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