SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, conversou por telefone com o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, sobre a situação na Síria depois dos ataques aéreos dos Estados Unidos uma base síria.
Segundo o ministério russo, Lavrov afirmou que "um ataque contra um país que combate o terrorismo só ajuda os extremistas e cria mais ameaças à segurança global e regional".
Na quinta-feira (6), os EUA lançaram mísseis contra a base de Shayrat, de onde teriam decolado as aeronaves sírias acusadas de fazer um ataque químico que deixou pelo menos 90 mortos, entre eles 30 crianças. O governo sírio nega a autoria do ataque.
No telefonema, Lavrov disse a Tillerson que não corresponde à realidade afirmar que as forças sírias usaram armas químicas em Idlib no dia 4 de abril.
Segundo o comunicado do ministério, os dois concordaram em continuar as discussões pessoalmente. Tillerson deve ir a Moscou para reuniões com autoridades russas na próxima semana.
O governador da província de Homs confirmou neste sábado (8) que a base síria atingida pelo bombardeio americano voltou a funcionar.
O exército sírio afirmou na sexta-feira (7) que o ataque com 59 mísseis Tomahawk causou danos extensos à base.
"O aeroporto voltou a funcionar, nesta primeira fase", disse Talal Barazi, governador da província de Homs. "Aviões já decolaram de lá."
Segundo o Observatório Sírio para Direitos Humanos, ONG de oposição ao regime baseada em Londres, caças decolaram da base na sexta-feira (7) e fizeram bombardeios em regiões controladas pelos rebeldes a leste de Homs.
No momento do ataque, a base tinha sido evacuada, graças ao aviso do governo russo, que está apoiando Assad.
Segundo uma fonte, apenas alguns poucos caças que não estão em uso foram destruídos.
Os EUA avisaram a Rússia que iriam atacar.
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