WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - O governo brasileiro quitou sua dívida de US$ 8 milhões com a OEA (Organização de Estados Americanos) e pagou os US$ 10,6 milhões de sua cota para 2017.
A decisão coincide com a campanha da secretária nacional de Direitos Humanos, Flávia Piovesan, à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
Diplomatas afirmam que a decisão fora tomada em 2016, mas ter o balanço zerado após anos de atrasos ajudará na campanha, já que o fundo regular da OEA responde por 50% do orçamento da CIDH.
Ao conselho interministerial criado em 2016 para avaliar as contribuições do país a organismos estrangeiros, a equipe de Piovesan ainda pleiteia uma contribuição voluntária do Brasil para a comissão de US$ 500 mil.
O Brasil tem a segunda maior cota obrigatória (US$ 10,6 milhões) entre os 34 membros, atrás apenas dos EUA (US$ 50,7 milhões).
Em maio de 2016, o país --que retirara seu embaixador do organismo em 2011 após um parecer sobre a usina de Belo Monte desfavorável ao governo Dilma-- devia US$ 20,57 milhões à OEA. Atualmente, 20 dos membros ainda estão inadimplentes.
Candidatos de Brasil, EUA, México, Argentina, Chile e Uruguai disputam três das seis vagas na comissão, uma delas do brasileiro Paulo Vannuchi, cujo mandato expira. A eleição ocorrerá em junho.
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