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Oposição paraguaia aceita dialogar com presidente

DANIEL AVELAR, ENVIADO ESPECIAL ASSUNÇÃO, PARAGUAI (FOLHAPRESS) - A oposição prometeu comparecer ao diálogo nacional convocado para esta quarta (5) pelo presidente paraguaio, Horacio Cartes, mas ameaçou deixar a mesa de negociação caso o governo não desis

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 04.04.2017, 20:55:04 Editado em 05.04.2017, 08:51:19
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DANIEL AVELAR, ENVIADO ESPECIAL

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ASSUNÇÃO, PARAGUAI (FOLHAPRESS) - A oposição prometeu comparecer ao diálogo nacional convocado para esta quarta (5) pelo presidente paraguaio, Horacio Cartes, mas ameaçou deixar a mesa de negociação caso o governo não desista do projeto que abre caminho para a reeleição.

"A retirada do projeto é um ponto inegociável. Que não queiram nos fazer de tontos e tentar ganhar tempo para que o povo esqueça", disse nesta terça o presidente do Senado, Roberto Acevedo, do opositor PLRA (Partido Liberal Nacional Autêntico). "Se não retirarem a emenda, vamos abandonar a mesa de diálogo."

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Após a aprovação do projeto de reeleição pelo Senado na última sexta, ocorreram protestos que deixaram o edifício do Congresso parcialmente incendiado e um líder opositor morto pela polícia.

Diante da crise, Cartes chamou a oposição para negociar. Ele cancelou sua participação no Fórum Econômico Mundial da América Latina, em Buenos Aires, para comparecer ao diálogo. O mandatário, porém, sinalizou para aliados que pretende dar prosseguimento ao projeto de qualquer maneira.

Um impasse no diálogo nacional tornaria incerto o futuro do país. Cartes, do conservador Partido Colorado, pretende buscar um novo mandato na eleição de 2018.

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Um grupo de jovens está acampado desde sábado em frente ao Congresso paraguaio. Eles pedem o impeachment de Cartes pela tentativa de aprovar a reeleição. O grupo diz ter coletado 20 mil assinaturas contra a emenda.

"Temos um governo que atropela a Constituição e enche os bolsos com dinheiro dos trabalhadores", disse Alexandra Zena, 21, que se juntou à vigília no domingo.

Zena reconhece que uma eventual cassação de Cartes poderia agravar a crise, mas rejeita a ideia de "negociar com um governo assassino".

Após passar por um impeachment, em 2012, o Paraguai foi suspenso do Mercosul. Na interpretação do organismo regional, a curta duração do processo (pouco mais de 24 horas) impediu o direito de defesa do presidente esquerdista Fernando Lugo, que terminou destituído.

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