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Ator da Globo é acusado de assédio por figurinista; José Mayer nega

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma figurinista acusou o ator José Mayer, 67, de assédio sexual dentro do camarim da TV Globo. Mayer nega, e a emissora diz que o "assunto foi apurado e as medidas necessárias estão sendo tomadas". Em artigo publicado no blog

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 31.03.2017, 17:57:00 Editado em 31.03.2017, 18:00:13
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma figurinista acusou o ator José Mayer, 67, de assédio sexual dentro do camarim da TV Globo. Mayer nega, e a emissora diz que o "assunto foi apurado e as medidas necessárias estão sendo tomadas".

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Em artigo publicado no blog #AgoraÉqueSãoElas, na madrugada desta sexta-feira (31), Susllem Tonani, 28, afirmou que o ator "colocou a mão esquerda na sua genitália" em fevereiro deste ano, "na presença de outras duas mulheres".

A Folha de S.Paulo retirou o texto do ar pela manhã, porque ele desrespeitava o princípio editorial do jornal de só publicar acusações após buscar os argumentos da parte acusada.

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Procurado, o ator respondeu: "Respeito muito as mulheres, meus companheiros e o meu ambiente de trabalho e peço a todos que não misturem ficção com realidade".

"As palavras e atitudes que me atribuíram são próprias do machismo e da misoginia do personagem Tião Bezerra [que ele interpreta na novela das 21h, "A Lei do Amor", que acaba nesta sexta], não são minhas! Nesses 49 anos trabalhando como ator sempre busquei e encontrei respeito e confiança em todos que trabalham comigo", disse.

A Globo divulgou uma nota informando que não comenta assuntos internos, mas que "repudia toda e qualquer forma de desrespeito, violência ou preconceito" e que "todas as questões são apuradas com rigor, ouvidos todos os envolvidos, em busca da verdade".

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Em seu depoimento, a figurinista diz que já recebia cantadas de José Mayer havia oito meses. "Ele era protagonista da primeira novela em que eu trabalhava como figurinista assistente", conta.

"Trabalhando de segunda a sábado, lidar com José Mayer era rotineiro. E com ele vinham seus 'elogios'. Do 'como você se veste bem', logo eu estava ouvindo: 'como a sua cintura é fina', 'fico olhando a sua bundinha e imaginando seu peitinho', 'você nunca vai dar para mim?'."

Segundo ela, suas negativas não surtiram efeito. "Disse a ele, com palavras exatas e claras, que não queria, que ele não podia me tocar, que se ele me encostasse a mão eu iria ao RH. Foram meses saindo de perto."

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Susllem Meneguzzi Tonani nasceu em Vitória (ES) e cursou desenho industrial na UFES (Universidade Federal do Espírito Santo). Trabalhou com campanhas publicitárias, cinema, teatro, moda e televisão. Mudou-se para o Rio há cinco anos para seguir a carreira de figurinista.

OUTRO EPISÓDIO

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Ela conta que, após o assédio, seguiu "na engrenagem, no mecanismo subserviente". Dias depois, porém, diz que sofreu outro constrangimento por parte de José Mayer.

"Até que nos vimos, ele e eu, num set de filmagem com 30 pessoas. Ele no centro, sob os refletores, no cenário, câmeras apontadas para si, prestes a dizer seu texto de protagonista. Neste momento, sem medo, ameaçou me tocar novamente se eu continuasse a não falar com ele. E eu não silenciei. 'VACA', ele gritou."

Depois desse episódio, ela afirma que procurou o RH, a ouvidoria e o "departamento que cuida dos atores" da TV Globo. "Acessei todas as pessoas, todas as instâncias, contei sobre o assédio moral e sexual que há meses eu vinha sofrendo."

"Contei que tudo escalou e eu não conseguia encontrar mais motivos, forças para estar ali. A empresa reconheceu a gravidade do acontecimento e prometeu tomar as medidas necessárias", escreve.

"Sinto no peito uma culpa imensa por não ter tomado medidas sérias e árduas antes, sinto um arrependimento violento por ter me calado, me odeio por todas às vezes em que, constrangida, lidei com o assédio com um sorriso amarelo. E, principalmente, me sinto oprimida por não ter gritado só porque estava em meu local de trabalho."

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