THIAGO NEY
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O relançamento de "Brasileira", de Maria Rita Stumpf, inaugura as atividades do selo Selva.
Depois do disco, sai um single com duas versões de faixas que estão em "Brasileira": uma de "Cântico Brasileiro n°3 (Kaiamurá)", feita pela dupla Selvagem, e um remix do francês Joakim de "Lamento Africano/Ríctus".
Dedicado a redescobrir músicas, discos e artistas brasileiros que pouca gente conhece, o selo já tem outra investida na manga: o relançamento da faixa "Tchori Tchori", de Marlui Miranda, cantora cearense nascida em 1949 cuja carreira sempre guardou proximidade com questões indígenas.
Para Millos Kaiser, uma das metades do Selvagem, apenas com o distanciamento temporal pode-se avaliar e contextualizar Maria Rita Stumpf: "A música que ela fazia era diferente, mas hoje ficou mais fácil identificar os pares" --como Uakti, Jards Macalé, Arrigo Barnabé.
Já Augusto Olivani, o outro "selvagem", diz que a redescoberta de discos e artistas é impulsionada pela voracidade com que DJs e colecionadores correm atrás de discos raros.
"Há uma espécie de competição para ver quem tem os discos mais difíceis de achar, quem toca as músicas mais raras. Se alguém discoteca uma faixa esquecida, os outros vão atrás dela, o disco esgota e vira raridade."
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