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Ministério da Saúde lança meta para deter avanço da obesidade até 2019

NATÁLIA CANCIAN BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Em meio ao crescimento dos índices de obesidade no país, o Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (14) três metas para tentar reduzir o número de brasileiros com excesso de peso até 2019. A ideia é que,

Da Redação

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Publicado em 14.03.2017, 21:35:00 Editado em 14.03.2017, 21:40:11
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NATÁLIA CANCIAN

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Em meio ao crescimento dos índices de obesidade no país, o Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (14) três metas para tentar reduzir o número de brasileiros com excesso de peso até 2019.

A ideia é que, em dois anos, o país consiga deter o crescimento da obesidade na população adulta, reduzir em 30% o consumo regular de refrigerantes e de suco artificial e aumentar, em pelo menos 17,8%, o percentual de adultos que consomem frutas e verduras regularmente.

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As três metas foram apresentadas em encontro realizado nesta terça na sede regional da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), em Brasília, com representantes de outros países da América Latina. As medidas fazem parte da chamada Década de Ação das Nações Unidas para a Nutrição, da ONU, acordo que prevê que haja incentivo dos países à alimentação saudável.

Dados da Pesquisa Nacional de Saúde, de 2013, mostram que mais da metade dos brasileiros, ou 56,9%, está acima do peso ideal. O alerta ocorre quando o IMC (índice de massa corporal), calculado com base no peso e altura, é maior ou igual a 25 kg/m².

Mesmo padrão é verificado quando observados apenas os índices de obesidade -quando o índice é superior a 30 kg/m2. De acordo com a pesquisa, 20,8% dos brasileiros são obesos.

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Em geral, a obesidade aumenta o risco de doenças cardíacas, hipertensão e diabetes, daí a tentativa de tentar frear o crescimento desses indicadores no país.

Em 2015, dados de outro estudo do Ministério da Saúde, o Vigitel, que é realizado apenas com adultos das capitais do país, apontou crescimento de 60% no índice de obesidade entre 2006 e 2015.

Para especialistas, o aumento no consumo de alimentos ultraprocessados, somado à falta de exercícios físicos, além do baixo estímulo à educação alimentar, entre outros fatores, colaboram para o aumento da obesidade.

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"O problema no mundo não está mais em combater a fome, mas em combater também a má nutrição da qual deriva a obesidade", afirmou no evento o diretor do Centro de Excelência do Programa Mundial Contra a Fome, Daniel Balaban.

AÇÕES

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Questionado sobre como garantir que as metas sejam atingidas, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que a pasta negocia um plano, em parceria com o Ministério da Educação, para tentar estimular a educação alimentar nas escolas, por meio de matérias extracurriculares.

"É preciso ensinar a população a descascar mais e a desembalar menos", afirmou. "Hoje as mães não ficam em casa, e as crianças não têm oportunidade, como tinham antigamente, de acompanhar a mãe nas tarefas diárias de preparação dos alimentos. E vai ficando cada vez mais distante a capacidade de pegar um alimento natural e saber consumi-lo", disse.

Em outras ações, o Ministério também planeja lançar aplicativos para ajudar a população a escolher os alimentos e a adotar hábitos mais saudáveis, afirma. "São aplicativos de acompanhamento da saúde, atividade física e consumo de calorias."

A pasta também finaliza um acordo com a indústria para que haja redução na quantidade de açúcar nos alimentos processados, modelo semelhante ao já realizado nos últimos anos para redução de sódio.

Segundo Barros, o governo também pretende apoiar mudanças na rotulagem dos alimentos. A ideia, já em estudo na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), é fazer com que dados da quantidade de sal, açúcar e gordura estejam em destaque na parte da frente dos rótulos -padrão semelhante ao adotado hoje no Chile, por exemplo.

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