GIBA BERGAMIM JR.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Com a promessa de uma gestão empresarial que terá de administrar dívidas de impostos da ordem de R$ 190 milhões, o grupo de oposição venceu a eleição do Jockey Club de São Paulo ocorrida na tarde desta terça-feira (14).
Venceu o páreo a chapa de conselheiros Jockey do Futuro, que tem como cotados para a presidência os empresários Benjamin Steinbruch diretor-presidente da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), vice-presidente da Fiesp (Federação das Indústrias de SP) e colunista da Folha de S.Paulo, além de Alessandro Arcangeli, da área de autopeças.
Saiu derrotada a Jockey Club, que inclui o atual presidente, Eduardo da Rocha Azevedo (ex-comandante da Bolsa de Valores de SP), o atual vice, o empresário Ricardo Vidigal Monteiro de Barros, e o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Eros Grau.
O placar de 160 votos contra 121 mostra que pouco mais da metade dos cerca de 500 associados apareceu para a votação.
Durante o dia de eleição, cerca de 50 funcionários do hipódromo paulistano fizeram um protesto exigindo o pagamento de salários atrasados -em pendências trabalhistas são cerca de R$ 27 milhões, segundo balanço interno da instituição.
A partir deste novo pleito, haverá renovação de um terço do conselho anualmente. Antes, havia uma eleição a cada três ano que elegia presidente e diretores.
O novo estatuto prevê agora a nomeação de um CEO, que comandará a entidade, que completa hoje 142 anos.
Na próxima segunda-feira, os conselheiros eleitos definirão quem será o presidente. Pelo menos até a noite desta terça, o mais cotado era Steinbruch, que pode ter Arcangeli como vice.
Eles irão pedir uma reunião com o prefeito João Doria (PSDB) em breve.
O plano do tucano é transformar o espaço de 600 mil m² num parque, mas com a possibilidade de uma parceria que permita a construção de duas torres empresarias na área próxima às cocheiras.
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