SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - François Fillon, candidato à Presidência da França pelo partido conservador Republicanos, foi indiciado nesta terça-feira (14) por desvio de recursos públicos, como parte da investigação sobre empregos fantasmas de sua mulher e filhos.
"O indiciamento aconteceu esta manhã [terça]. A audiência foi antecipada para que acontecesse em condições mais calmas", afirmou Antonin Levy, advogado de Fillon. Nos últimos dias, o candidato da direita disse que está determinado a "ir até o fim" em sua campanha.
Há suspeitas de que Penelope, mulher do candidato, recebeu ao menos R$ 2,2 milhões entre 1986 e 2003 para o cargo de assistente parlamentar, quando Fillon era deputado, sem ter de fato trabalhado. Dois filhos de Fillon também teriam sido contratados em cargos que pagaram até R$ 270 mil.
Fillon nega a acusação e pediu desculpas pelo escândalo que vem sendo chamado de "Penelopegate". Seu partido já declarou apoio ao seu nome. Ele era um dos favoritos à Presidência francesa, mas desde a revelação do caso pelo semanário "Le Canard Enchainé" Fillon vem caindo nas pesquisas de intenção de voto.
A candidata da extrema direita, Marine Le Pen, e o independente Emmanuel Macron são os favoritos a disputar o segundo turno da eleição presidencial, em 7 de maio. O primeiro turno acontece em 23 de abril.
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