ISABEL FLECK
WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - Um relatório divulgado nesta segunda (13) pelo Congressional Budget Office (CBO), agência não partidária ligada ao Congresso americano, afirma que o projeto apresentado por republicanos para substituir o Obamacare faria com que 14 milhões de americanos perdessem seu seguro de saúde até 2018 e 24 milhões nos próximos dez anos.
Nas projeções feitas pela agência, com o plano -que já passou em duas comissões da Câmara, mas enfrenta resistência até entre republicanos-, 52 milhões de pessoas não estariam seguradas em 2026, contra 28 milhões se for mantido o Obamacare.
O programa do governo Obama aumentou em 20 milhões o número de assegurados ao adotar medidas como obrigar que todos os americanos acima da linha da pobreza contratassem um plano básico de saúde e oferecer recursos federais aos Estados para ampliar o Medicaid, sistema público voltado aos mais pobres.
Segundo o relatório do CBO, a aplicação da proposta republicana, que prevê a suspensão da obrigatoriedade para os cidadãos e o corte dos recursos para os Estados ampliarem no Medicaid, porém, resultaria em uma queda do deficit de US$ 337 bilhões nos próximos dez anos.
Trump, que havia dito na manhã desta segunda que o Obamacare é "um desastre" e está "implodindo", continuou com as críticas após a divulgação do relatório. "Se o Obamacare é tão bom, por que eles gastaram dezenas de milhões de dólares do contribuinte para 'bombá-lo'? RUIM!"
O presidente recebeu na Casa Branca, na tarde de segunda-feira, um grupo de americanos insatisfeitos com o Obamacare e disse que a proposta republicana permitirá aos cidadãos escolher a cobertura do plano e os médicos que quiserem. "Nós não vamos ter um modelo único para todos."
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