MAIS LIDAS
VER TODOS

Geral

Suspense psicológico vai da angústia contida à fúria explosiva

SÓ PODE SER PUBLICADO NA ÍNTEGRA E COM ASSINATURA LEONARDO CRUZ SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - "Clarisse" começa com um belo e longo plano da explosão de uma pedreira, no qual um barulho ensurdecedor e um pó azulado tomam a projeção. Essa pedreira é a metá

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 10.03.2017, 20:17:00 Editado em 10.03.2017, 20:20:09
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

SÓ PODE SER PUBLICADO NA ÍNTEGRA E COM ASSINATURA

continua após publicidade

LEONARDO CRUZ

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - "Clarisse" começa com um belo e longo plano da explosão de uma pedreira, no qual um barulho ensurdecedor e um pó azulado tomam a projeção.

continua após publicidade

Essa pedreira é a metáfora do estado de espírito da personagem-título, Clarisse, mulher de meia idade perturbada por um trauma de infância, obrigada a rever o passado ao visitar o pai doente.

A cena de abertura também traz elementos que permeiam todo o longa: um cuidado extremo com a fotografia e com o som, que ajudam a compor lentamente esse suspense psicológico de Petrus Cariry. É o terceiro longa do cineasta cearense, o desfecho do que ele chama de "trilogia da morte", composta também por "O Grão" (2007) e "Mãe e Filha" (2011).

A maior parte da trama se desenrola nesse retorno à casa paterna, onde a protagonista cresceu. Na casa antiga, toda de madeira e cercada por floresta, ela encontra um velho às portas da morte, que passa seus últimos dias empalhando insetos, aves e pequenos animais.

continua após publicidade

Os bichos mortos do pai, os ambientes escuros da casa, as fotos de família em antigos cadernos, os barulhos do mato, o ranger de portas e pisos. Tudo isso serve de chave para que Clarisse recupere memórias perdidas e expurgue o mal que a consome.

Sabrina Greve está muito bem no papel principal, liberando a angústia contida de Clarisse por meio de olhares mortos e longos silêncios, até a fúria catártica da cena final.

Sua interpretação só não é melhor pelo tom solene, antinatural, que domina quase todos os diálogos, de uma artificialidade que afasta o espectador.

continua após publicidade

Esse mesmo formalismo está presente também na narração em off, que, ao longo do filme, revela à plateia o fantasma que assombra Clarisse.

Soa como uma muleta, para ajudar a audiência a compreender o que as imagens, por si só, não são capazes de explicar.

continua após publicidade

CLARISSE OU ALGUMA COISA SOBRE NÓS DOIS

QUANDO em cartaz no Caixa Belas Artes - Sala 6: Mário de Andrade

ELENCO Sabrina Greve, Everaldo Pontes, Verônica Cavalcanti

PRODUÇÃO Brasil, 2016, 16 anos

DIREÇÃO Petrus Cariry

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Geral

    Deixe seu comentário sobre: "Suspense psicológico vai da angústia contida à fúria explosiva"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!