MAIS LIDAS
VER TODOS

Geral

ATUALIZADA - A uma semana do Carnaval, blocos de rua agitam a região central de SP

GABRIELY ARAUJO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A apenas uma semana do Carnaval, os blocos de rua movimentam a capital paulista. Apenas nesta sexta (17), são esperados nove em toda a cidade, sendo seis na região central. O bloco "Nega Fulô e o Palhaço Bebum"

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 17.02.2017, 19:58:57 Editado em 17.02.2017, 20:00:08
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

GABRIELY ARAUJO

continua após publicidade

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A apenas uma semana do Carnaval, os blocos de rua movimentam a capital paulista. Apenas nesta sexta (17), são esperados nove em toda a cidade, sendo seis na região central.

O bloco "Nega Fulô e o Palhaço Bebum" participa do Carnaval paulistano pelo segundo ano, tocando MPB e marchinhas tradicionais.

continua após publicidade

Ele foi criado por dois amigos que pularam em muitos carnavais pelo Brasil, como Salvador, São Luiz do Paraitinga, no interior de SP, e Rio de Janeiro, com o "Bloco do Barbosa", "Maricota", "Funil" e "Bagalafumenga".

Em 2016, o cortejo começou na rua Augusta, e este ano os organizadores fecharam um quarteirão que abrange as ruas General Jardim e Bento Freitas, na República, centro de São Paulo.

O lema do bloco é "Minha carne é de Carnaval e meu coração é igual", em alusão a uma música da Banda Novos Baianos.

continua após publicidade

"Sempre viajávamos no Carnaval, em um conversa de boteco resolvermos criar o bloco, somos foliões natos", disse Ana Paula Silva, uma das criadoras e madrinha do bloco, fantasiada de Nega Fulô.

A concentração começou às 17h na rua General Jardim, centro de São Paulo. Já o percurso, que começa às 21h, passará pelas rua Bento Freitas, rua Araújo a praça da República, retornando depois para a General Jardim.

Leandro Berlanca, 24, participou do cortejo do ano passado e resolveu ir novamente ao "Nega Fulô". Ele conta que já foi em blocos na Vila Madalena e no Casa Comigo em 2016.

continua após publicidade

"Foi mais do que esperava, fechamos a rua Augusta", conta o folião sobre o último desfile do bloco. Para este ano ele disse que há a mesma animação. "O Carnaval de São Paulo melhorou muito. O povo brasileiro e o povo paulistano são sensacionais".

Também na região central, o bloco Será que el_ é? leva marchinhas tradicionais, como "Cabeleira do Zezé", e muita música eletrônica, ao largo do Arouche.

continua após publicidade

O título do bloco, criado pelo Museu da Diversidade Sexual, que fica dentro do metrô República, faz referência à famosa marchinha "Será que ele é", sucesso dos bailes de Carnaval desde os anos 60.

Segundo a organização do bloco, embora o tom jocoso do nome dessas marchinhas possa parecer politicamente incorreto e seja muitas vezes cantada acompanhada de um coro entoando uma palavra ofensiva no final de suas estrofes, o mesmo termo foi incorporado pela comunidade LGBT e requalificado, sendo utilizado nos bailes, blocos e ruas como grito de empoderamento.

"A comunidade se apropria quando ela grita, em alto em bom som, o termo "bixa" como forma de afirmação. Tentamos discutir a história da origem do Carnaval, onde as pessoas podiam usar esse espaço para sair do armário e de como a comunidade construiu o Carnaval", afirma Franco Reinaudo, diretor do Museu da Diversidade.

A concentração do Será que el_ é? começou às 18h na rua do Arouche, já a saída dos foliões começa às 20h. Entre os foliões estavam drag queens e simpatizantes.

Uma das convidadas do bloco foi Rita Cadillac, que já havia sido rainha de outro bloco da comunidade LGBT em 2016. Rita destacou a importância de discutir a diversidade no Carnaval. "Eu sou de todos os sexos", afirmou.

O roteiro passa pela rua Vieira de Carvalho, praça da República, avenida São Luís, praça Ramos o Teatro Municipal e a avenida São João, locais considerados de grande importância para a comunidade LGBT.

O nome do bloco é o mesmo de uma exposição que será lançada neste sábado (18), no Museu da Diversidade, que apresentará entre outras histórias, qual a origem da primeira escola de samba LGBT de São Paulo e a diferença entre cantar termos de marchinhas de Carnaval, como "Cabeleira do Zezé", como ofensa ou como grito de empoderamento.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Geral

    Deixe seu comentário sobre: "ATUALIZADA - A uma semana do Carnaval, blocos de rua agitam a região central de SP"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!