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Em show da Mangueira, público não entende repertório religioso

AMANDA NOGUEIRA SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os desavisados não entenderam por que tanta oração. Ansiosos pelo ritmo da Mangueira em seu tradicional show de verão, precisaram ajoelhar e fazer coro para uma sucessão de Ave-Marias. Maria Bethânia bem que a

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 16.02.2017, 14:14:43 Editado em 16.02.2017, 14:48:40
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AMANDA NOGUEIRA

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os desavisados não entenderam por que tanta oração. Ansiosos pelo ritmo da Mangueira em seu tradicional show de verão, precisaram ajoelhar e fazer coro para uma sucessão de Ave-Marias.

Maria Bethânia bem que avisou. Abriu o espetáculo desta quarta (15), no Tom Brasil, com "Emoções", de Roberto Carlos, e fez bonito com "Reconvexo", de seu irmão Caetano, antes de esclarecer que o enredo da verde-e-rosa celebrava seu orixá.

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"Sempre que a tristeza, a mágoa ou a dor me cerca, eu me lembro... 'Quem me chamou?/ Mangueira/ Não mexe comigo, eu sou a menina de Oyá'", cantou Bethânia os versos do enredo antigo, com o qual a escola a homenageou, sagrando-se campeã no desfile carnavalesco de 2016.

Na verdade, o samba-enredo deste ano, "Só com a Ajuda do Santo", pretende celebrar a diversidade religiosa, passando pela liturgia Católica até o Candomblé.

Foi também Bethânia que convocou o baluarte da Estação Primeira, Tantinho, dando início a um constante troca-troca no palco.

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Em seguida veio Leci Brandão, que pediu palmas para todas as religiões, em especial às de "matriz africana". Entoou "Romaria" e deu lugar a Fafá de Belém, imponente com seu cocar nas cores da escola.

Emocionada, Fafá evocou "Círio de Nazaré", prestando um breve tributo a sua terra-natal. Na sua vez, Rosemary esqueceu um trecho de "Nossa Senhora", antes de seguir com "Jesus Cristo", ambas do Rei.

Roberto Carlos, aliás, parecia onipresente e foram justamente as partes mais animadas do show que conseguiram escapar de suas composições.

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Nesse altar do samba, os devotos não puderam comungar. A grande decepção da festa foi a proibição da dança. Quando Elba Ramalho chamou o forró de Luiz Gonzaga e pediu para o público arrastar o pé, foi só o que deu mesmo para fazer... sentado.

No entanto, quando ela finalmente convidou Chico Buarque, anfitrião do evento desde que ele foi criado, em 1997, todo mundo ficou de pé e muitos gritaram "Fora, Temer".

Com a voz mais fraca de todos e uma passagem cirúrgica pelo palco, a grande atração da noite cantou "O Que Será", "Samba do Grande Amor" e, por último, "O Meu Amor", que ganhou reforço de Alcione.

Ao fim da festa, a bateria da Mangueira mostrou a que veio neste Carnaval. Após mais gritos de "Fora, Temer", soaram os tambores e arremataram o espetáculo com os hinos da escola de samba, passistas e porta-bandeira.

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