MAIS LIDAS
VER TODOS

Geral

Ministro faz apelo para que 'bons policiais' voltem ao trabalho no ES

LEONARDO HEITOR VITÓRIA, ES (FOLHAPRESS) - O ministro da Defesa Raul Jungmann fez um apelo na manhã deste sábado (11), no 38º Batalhão de Infantaria, em Vila Velha (ES), para que os policiais militares voltem ao trabalho e "honrem suas fardas e seus juram

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 11.02.2017, 14:18:06 Editado em 11.02.2017, 14:20:08
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

LEONARDO HEITOR

continua após publicidade

VITÓRIA, ES (FOLHAPRESS) - O ministro da Defesa Raul Jungmann fez um apelo na manhã deste sábado (11), no 38º Batalhão de Infantaria, em Vila Velha (ES), para que os policiais militares voltem ao trabalho e "honrem suas fardas e seus juramentos". Apesar do pedido, ele também afirmou que o objetivo de normalizar a situação da segurança pública no Espírito Santo já está sendo cumprido.

"Não cabe às forças policiais deixar os cidadãos desprotegidos. Aqueles que são bons policiais devem honrar o seu juramento, que é o de proteger a sociedade. Aqueles que assim não o entendem, de forma consciente ou não, estão contribuindo para o aumento da criminalidade", disse Jungmann. "Fazemos um apelo aos bons policiais, sejam praças, oficiais ou comandantes, para que honrem a sua farda e o seu juramento e vão para a rua proteger o povo".

continua após publicidade

Vinte mortes foram registradas no Espírito Santo entre sexta (10) e a manhã de sábado. Assim, chega a 137 o número total de mortos no Estado desde o início do motim da PM, que já dura uma semana.

Nove mortos foram confirmados apenas na manhã de sexta, apesar de acordo entre associações de policiais militares e o governo do Espírito Santo para o fim do movimento, que mantém PMs e bombeiros militares fora das ruas.

Jungmann ressaltou a diminuição nos números de homicídios nos últimos dias e o fim dos saques ao comércio. Ele também reprovou a manifestação e disse que dará suporte a qualquer decisão do Estado.

continua após publicidade

"Quando vim na segunda-feira, Vitória parecia uma cidade fantasma. Hoje vi lojas abertas, ônibus circulando e as pessoas tentando voltar ao seu dia a dia. Temos hoje aqui um efetivo de 3.130 homens, número inclusive superior ao visto em dias normais. Não há mais saques e arrombamentos e tivemos uma redução significativa nos homicídios. Garantimos a segurança aos hospitais e unidades de saúde também nos corredores de transporte. Resta agora uma questão de desrespeito da PM. Vamos dar apoio a qualquer decisão do governo do Estado. Não se deve aceitar nenhuma reivindicação que coloque em risco a vida das pessoas", afirmou.

O governador em exercício César Colnago também afirmou que o efetivo enviado pelo governo federal está restabelecendo a normalidade na segurança pública do Estado. Ele destacou que fará de tudo para que a lei e a constituição federal seja cumprida.

"Não podemos deixar a população desprotegida por esse ato de violência e insanidade contra o capixaba. Vamos resolver esta grave crise que se estabeleceu em nosso estado. Temos um comandante novo da Polícia Militar, juntamente com o secretário de Segurança Pública e vamos fazer de tudo para que a ordem seja restabelecida", afirmou Colnago.

continua após publicidade

MOTIM

Mulheres de policiais continuavam acampadas em frente a batalhões em Vitória depois das 7h deste sábado (11), prazo para os PMs voltarem às atividades sem punição.

continua após publicidade

Em acordo, o governo estadual não atendeu ao pedido de reajuste salarial, mas ficou de apresentar uma proposta no fim de abril deste ano.

Policiais militares à paisana e mulheres em torno do Quartel do Comando-Geral da PM, do Batalhão de Missões Especiais e do 1º Batalhão afirmavam que nenhuma viatura saiu durante a madrugada. No pátio do 1º Batalhão, as viaturas estavam estacionadas após o prazo dado pelo governo.

Os policiais que não retomaram as atividades estão sujeitos a indiciamento pelo crime militar de revolta, que leva a expulsão do militar e prevê pena de 8 a 20 anos de prisão.

Também poderão ser alvos de processos administrativos internos, que igualmente podem levar à expulsão e são mais céleres que os processos criminais.

Um total de 703 policiais já foram indiciados por revolta até sexta (10).

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Geral

    Deixe seu comentário sobre: "Ministro faz apelo para que 'bons policiais' voltem ao trabalho no ES"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!