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ATUALIZADA - Polícia Civil do Espírito Santo dá prazo ao governo antes de entrar em greve

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (9), o Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo decidiu dar um prazo de 14 dias para que o governo atenda as reivindicações antes de deflagrar uma greve. "Em respeito

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 09.02.2017, 20:16:10 Editado em 09.02.2017, 20:20:09
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (9), o Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo decidiu dar um prazo de 14 dias para que o governo atenda as reivindicações antes de deflagrar uma greve.

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"Em respeito à sociedade capixaba que está amargando essa situação de violência, vamos dar esse prazo", disse Jorge Emílio, presidente do Sindicato, à reportagem. A ideia é que haja diálogo com o governo durante esses dias.

As principais reivindicações são reposição do salário, que, segundo Emílio, não é ajustado pela inflação há três anos e exigência de nível superior nos concursos para agente da Polícia Civil.

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Outro pedido é a incorporação da escala especial ao salário. A escala, que foi instituída para suprir a falta de policiais, é uma espécie de hora extra paga à parte. Eles pedem também que o Hospital da Polícia Militar esteja disponível para eles.

A assembleia determinou ainda que o Grupo de Operações Táticas da Polícia Civil acompanhe peritos e policiais da divisão de homicídios a locais de crime.

Delegacias que funcionam com menos de quatro policiais serão fechadas por questões de segurança, segundo o sindicato. As delegacias regionais irão funcionar.

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Segundo nota do sindicato, a assembleia teve momentos de tensão e debate ente policiais a favor e contra a greve.

"A sociedade precisa entender que essa crise na segurança pública é culpa do governo do Estado que não investiu e sucateou a Polícia Civil do Espírito Santo. Também estamos sofrendo com a crise na segurança, mas não podemos culpar as mulheres dos policiais militares. Os PMs e suas famílias são vítimas dessa política de desvalorização que também atinge o policial civil. Se os policiais civis não pararam hoje foi em respeito à sociedade", afirmou Emílio em nota.

MAIS DE CEM MORTOS

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Mesmo com reforço de militares das Forças Armadas e da Força Nacional no Estado, o número de mortos desde o início do motim dos PMs passou de cem nesta quinta (9). Segundo o Sindicato dos Policiais Civis, são 113 assassinatos desde a última sexta. O governo estadual não confirma o número.

O motim dos PMs resultou no envio de 1.200 homens do Exército e da Força Nacional ao Estado desde segunda (6). O governo Michel Temer disse que haverá reforço de mais de 550 das Forças Armadas e de 100 da Força Nacional. Nesta quita (9), o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, defendeu o uso das tropas federais nos protestos pelo Brasil.

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Na noite desta quarta (8), três policiais foram baleados no Estado. Segundo Renato Martins, presidente da Associação de Cabos e Soldados, o sargento Marcos Antônio Garcia foi baleado em Santa Maria de Jetibá, no interior.

Martins não tem detalhes sobre o episódio, mas informou que Garcia foi atingido no rosto e está em condição estável, segundo a mulher dele. Em Cariacica, na Grande Vitória, dois policiais foram atingidos –uma no braço e outro na perna– e não correm risco de morte.

Veículos blindados da Marinha circularam pelo município da Serra, região metropolitana de Vitória, nesta quinta. Moradores da cidade mais populosa do Estado aplaudiram os fuzileiros navais e fotografaram os tanques.

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Na BR-101, na saída da Serra em direção a Vitória, os fuzileiros fecharam a pista e fizeram uma blitz por cerca de 15 minutos. Eles pararam motos e alguns veículos, inclusive fazendo revistas dentro dos automóveis.

REUNIÃO PARENTES DE PMS

Iniciada por volta das 14h30, uma reunião de negociação entre familiares de policiais militares e secretários de governo ainda não tinha sido encerrada por volta das 19h45.

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A categoria está amotinada desde a última sexta (3), o que deixou ruas sem patrulhamento e provocou uma onda de violência, com saques e assassinatos.

Participam sete mulheres parentes de policiais e os secretários de Direitos Humanos, Fazenda, Transparência e Controle, além do chefe da Casa Civil. Também estão presentes os presidentes de associações de policiais militares.

A reunião foi marcada na quarta (8), quando houve um primeiro encontro com reivindicações e lideranças definidas, abrindo caminho para um possível acordo.

MOVIMENTO CHANTAGISTA

Chamada de chantagista pelo governador licenciado do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB), a paralisação que tirou policiais das ruas no Estado causa problemas para os moradores comprarem alimentos, abastecerem veículos e usarem serviços bancários.

Hartung, que passou por um procedimento endoscópico para a retirada de um tumor na bexiga na sexta (3), em São Paulo, fez nesta quarta (8) seu primeiro pronunciamento público sobre a onda de violência no Estado.

"É um caminho errado que rasga a Constituição, é uma chantagem", disse o governador, que recebeu recomendação dos médicos para reassumir só na semana que vem o comando do Estado –a cargo do vice, Cesar Colnago, até lá.

Hartung classificou a ação dos policiais como "grotesca" e afirmou que o direito do povo foi sequestrado. "Estão cobrando resgate, mas não se paga resgate por aspecto ético nem pelo descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal", afirmou, em referência ao pedido de reajuste salarial de 65% até 2020.

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