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'Marias' fazem linha de frente de movimento de defesa

CAROLINA LINHARES VITÓRIA, ES (FOLHAPRESS) - De repente, começa uma correria de mulheres —Marias, como cada uma delas se identificou à reportagem—em frente ao Batalhão de Missões Especiais em Vitória (ES). “Vão pular o muro!” Algumas delas correm pelo la

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 07.02.2017, 21:07:31 Editado em 07.02.2017, 21:10:10
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CAROLINA LINHARES

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VITÓRIA, ES (FOLHAPRESS) - De repente, começa uma correria de mulheres —Marias, como cada uma delas se identificou à reportagem—em frente ao Batalhão de Missões Especiais em Vitória (ES). “Vão pular o muro!”

Algumas delas correm pelo lado de fora até outro ponto do batalhão.Observam atentas a qualquer tentativa de saída dos policiais militares do prédio.

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Boa parte deles, na verdade, assiste ao movimento de familiares do outro lado da rua, à paisana, para dar “segurança” ao grupo.

Na tarde desta terça-feira (7), eram cerca de 20 as mulheres, acompanhadas por quatro crianças, em frente ao portão do batalhão na capital capixaba.

Após a correria, nova confusão: um homem passa de carro, abre a porta e diz: “Gente, precisa de mulher do outro lado, entra aí”.O homem, segundo as Marias, faz parte de uma associação de militares.

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As associações, responsabilizadas pela falta de policiamento em uma decisão da Justiça do Espírito Santo, afirmam não ter relação com o movimento. “Elas estão bravas com as associações porque nós negociamos com o governo, mas entendíamos o lado deles, da necessidade de ajuste”, disse o major Rogério Fernandes Lima, presidente da Associação dos Oficiais Militares do ES.

Mulheres de soldados e mesmo policiais relataram à reportagem o mesmo cenário de sucateamento da PM no Estado. Além da falta de reajuste salarial, reclamam da escassez de coletes à prova de balas, de munição e até mesmo de combustível para o patrulhamento. “A gente não tem plano de saúde, o Hospital Militar está a ponto de fechar”, disse uma delas. Na 5ª Companhia do 1º Batalhão, um policial desabafa: “Nós não temos voz, ninguém dá amparo, nem a sociedade, nem o Estado”. Na unidade, pinturas e reformas foram feitas por voluntários. “Guerreiras da PM, qual é sua missão? Defender a polícia e fechar o batalhão”, cantam as Marias

em meio a um buzinaço.

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O movimento começou nosábado(4) com sete mulheres na porta de uma unidade da PM em Serra, na região metropolitana. Com o WhatsApp e outras redes sociais praticamente todas as unidades das principais cidades do Estado passaram a ter acampamentos.

As mulheres se revezam e recebem doações. Sem uma liderança clara, nenhuma delas fala em parar o movimento. “A população está sentindo o segundo dia útil sem policiamento, mas eles têm que entender que eu tenho família”, diz uma das Marias.

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