SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) realizou nesta terça-feira (31) um protesto pelo direito à moradia na capital paulista. O movimento conseguiu se reunir com representantes da gestão municipal, como o secretário de governo Julio Semeghini.
Os manifestantes partiram da avenida Paulista por volta das 14h30 em marcha até a prefeitura. Segundo Guilherme Boulos, membro da coordenação nacional do MTST, o protesto pede a continuidade de aprovação dos projetos de habitação na cidade.
O MTST também protesta contra a os "despejos violentos" como o caso do dia 17 de janeiro, quando Boulos foi detido e cerca de 700 famílias foram removidas de um terreno ocupado em São Mateus, na zona leste de São Paulo.
Além disso, o movimento se manifesta contra o decreto do prefeito João Doria que permite a retirada de pertences como cobertores de moradores de rua. O decreto foi publicado no último dia 21.
Segundo o MTST, a manifestação reuniu aproximadamente 10 mil pessoas. A Polícia Militar não estimou número de presentes e informou que o ato foi pacífico.
REUNIÃO
Representantes do movimento foram recebidos por membros da gestão municipal, entre eles o secretário de governo Julio Semeghini. Conforme a ata do encontro, a prefeitura formará comissão para buscar soluções negociadas e pacíficas nos casos de reintegração de posse, assim como nos casos iminentes de despejo.
Sobre o decreto a respeito dos pertences dos moradores de rua, a prefeitura "garante que não serão violados nenhum dos direitos que foram conquistados em lutas anteriores pelos coletivos da população em situação de rua".
Ficou ainda estabelecida a continuidade nos compromissos dos editais Cohab/FDS e a prefeitura se comprometeu a agilizar as aprovações no licenciamento de projetos de habitação de interesse social -haverá reunião na quinta-feira (2) para discutir as ocupações Copa do Povo, Vila Nova Palestina, Faixa de Gaza e Esperança Vermelha.
A prefeitura também reiterou o compromisso de manter o programa Casa da Família.
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