SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Após suspeitas de que o Irã realizou um teste de lançamento de míssil balístico no domingo (29), o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) convocou uma reunião de emergência a pedido dos Estados Unidos.
No encontro, agendado para esta terça-feira (31), os membros do órgão mais poderoso da ONU serão consultados sobre o suposto teste. O Irã é alvo de uma resolução do Conselho de Segurança que proíbe a república islâmica de realizar testes balísticos destinados a transportar ogivas nucleares. As restrições foram renovadas por oito anos após a assinatura, em 2015, do acordo global para frear o programa nuclear iraniano em troca do afrouxamento de sanções econômicas contra o país.
Em declaração nesta terça (31), o chanceler do Irã, Mohamad Javad Zarif, evitou confirmar ou negar a realização do teste no domingo. Ele também disse que os mísseis não são vetados por acordos nucleares e que o Irã nunca usará mísseis produzidos no país para atacar outras nações.
"Nenhum míssil iraniano foi produzido para transportar ogivas nucleares", afirmou Zarif, acrescentando esperar que o novo governo dos Estados Unidos evite usar a política de defesa do Irã para "provocar novas tensões".
O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, disse nesta segunda-feira (30) que pretende pressionar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a renovar sanções contra Teerã após a suspeita do teste balístico. Os dois se opõem ao acordo nuclear com a república islâmica.
Uma autoridade americana disse, em condição de anonimato, à agência de agências de notícias Reuters que o míssil de médio alcance foi lançado na localidade de Semnan e explodiu a cerca de mil quilômetros dali. Outra autoridade afirmou à Associated Press que teste falhou após uma reentrada "frustrada" do míssil na atmosfera terrestre.
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