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Decreto anti-imigração de Trump afeta universitários nos Estados Unidos

RENATA CAFARDO NOVA YORK, ESTADOS UNIDOS (FOLHAPRESS) - As maiores universidades americanas estão pedindo a seus alunos e professores estrangeiros que não saiam do país. E aos que estão fora, que voltem imediatamente. O temor é de que eles não consigam e

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 30.01.2017, 23:20:10 Editado em 30.01.2017, 23:25:04
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RENATA CAFARDO

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NOVA YORK, ESTADOS UNIDOS (FOLHAPRESS) - As maiores universidades americanas estão pedindo a seus alunos e professores estrangeiros que não saiam do país. E aos que estão fora, que voltem imediatamente.

O temor é de que eles não consigam entrar nos Estados Unidos por causa do novo decreto de imigração do governo Trump.

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Há cerca de 16 mil estudantes em universidades americanas dos sete países afetados pela proibição de entrada: Irã, Iraque, Síria, Sudão, Iêmen, Somália e Líbia. Os números são do Instituto para Educação Internacional, ONG que apoia a internacionalização do ensino superior. Os dados mais recentes são de 2016.

Em comunicados oficiais, reitores das instituições têm demonstrado sua posição contrária à medida. "É com muito pesar que eu mando essa carta", diz e-mail do presidente da Universidade de Columbia, em Nova York, Lee C. Bollinger. O texto pede que pessoas dos sete países adiem qualquer plano de viagem.

Estudante de pós-graduação da Columbia, a síria Riham Alkansaa, 26, não sabe se vai conseguir terminar seu curso. "Eu não acreditava que isso ia acontecer, agora não sei o que fazer", disse. Ela entrou na Alemanha como refugiada e, de lá, foi aprovada para estudar jornalismo nos Estados Unidos.

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Muito abalada, ela participou nesta segunda-feira (30) de uma manifestação no campus da Columbia que reuniu centenas de estudantes e professores contrários ao decreto. "Acho que vou ter que voltar para a Alemanha no próximo semestre."

Os manifestantes pediam proteção aos estudantes dos sete países. "A universidade precisa se tornar um lugar seguro, onde os oficiais federais não possam entrar [para prender imigrantes]", disse o iraniano Hamid Dabashi, professor de literatura da Columbia.

O comunicado do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) pediu que os estudantes que estão foram do país retornem em voos diretamente para Boston até 4 de fevereiro. "Voltem o mais rápido que puderem", disse Cynthia Barnhart, responsável pela área internacional da instituição.

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Segundo o MIT, dois estudantes de graduação foram impedidos de entrar nos Estados Unidos. A universidade está dando assistência legal aos alunos.

"Beneficiar-se do talento, da energia, do conhecimento e das ideias dos povos de todas as nações não é só um interesse vital da universidade, é um interesse vital da nossa nação", disse o presidente da Universidade de Harvard, Drew Faust. A instituição está montando uma equipe especial de advogados para lidar com os casos de imigrantes ilegais, de qualquer nacionalidade.

A Universidade de Yale, em Connecticut, também pediu que seus estudantes não viajem. A carta do presidente Peter Salovey diz que a universidade se junta a todos que pedem que Trump volte atrás no decreto sobre os imigrantes

A Universidade de Nova York (NYU) afirmou em seu comunicado que não vai permitir que oficiais federais entrem no campus para coletar informações de estrangeiros. E avisou que os estudantes correm sérios riscos ao viajar para fora do país.

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