SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O general da reserva James Mattis foi o primeiro dos 15 indicados por Trump para seu gabinete a ser aprovado pelo Senado, nesta sexta-feira (20). Ele assumirá o Departamento de Defesa.
Mattis e o general John F. Kelly, escolhido para secretário de Segurança Interna são os dois únicos que não enfrentaram grande resistência dos parlamentares. A expectativa era de que Kelly também tivesse seu nome aprovado na noite de sexta.
Horas antes da decisão dos senadores, um dos primeiros atos de Trump como presidente fora assinar a lei permitindo a Mattis que ficasse à frente do Pentágono.
O texto permite uma situação de exceção, já que, pela lei federal, a pasta só pode ser chefiada por alguém inativo nas Forças Armadas há pelo menos sete anos. Ele se aposentou em 2013.
Trump também assinou, nesta sexta, a indicação formal de cada um dos escolhidos para o seu gabinete.
Conhecido como James "Cachorro Louco" Mattis, o general que já foi do alto escalão da Otan -aliança militar ocidental que Trump tachava de "obsoleta"- já afirmou que o "islã político" era a maior ameaça aos EUA e é favorável a uma postura agressiva contra "adversários" do país, como Irã.
Em sua sabatina no Comitê de Serviços Armados do Senado, no último dia 12, Mattis disse que Moscou é um "competidor estratégico" dos EUA que "desperta graves preocupações em várias frentes" e defendeu uma presença militar permanente dos EUA nos países bálticos para deter a Rússia.
"Sou completamente a favor de engajamento, mas temos que reconhecer a realidade do que a Rússia quer, e há um número decrescente de áreas em que podemos cooperar", afirmou.
Os processos de aprovação que podem demorar mais são dos indicados para as pastas de Educação (a empresária Betsy DeVos), Saúde (Tom Price) e Orçamento (Mick Mulvaney), e para secretário de Justiça (Jeff Sessions).
Todos os altos cargos do gabinete precisam de aprovação do Congresso, menos o de chefe de gabinete. Nos comitês e no plenário, é necessária aprovação por maioria simples.
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