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Melania imita Jackie Kennedy em posse de coincidências e estilo datado

SÓ PODE SER PUBLICADO NA ÍNTEGRA E COM ASSINATURA PEDRO DINIZ SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A ex-modelo Melania Trump quase não teve roupa para usar na posse do marido, o novo presidente americano, Donald J. Trump. Após ver suas opções de "look" minguarem

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.01.2017, 19:09:49 Editado em 20.01.2017, 19:10:10
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PEDRO DINIZ

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A ex-modelo Melania Trump quase não teve roupa para usar na posse do marido, o novo presidente americano, Donald J. Trump. Após ver suas opções de "look" minguarem por causa de um boicote da indústria de moda americana à sua família, ela acabou, como se especulava, usando um conjunto do estilista americano Ralph Lauren. À combinação de vestido de cashmere e casaqueto ela arrematou um par de luvas. Tanto o acessório de mãos quanto o tom pálido de azul adotados por Melania eram escolhas corriqueiras da ex-primeira-dama Jacqueline Kennedy (1929-1994) em eventos sociais.

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Não causa espanto o fato de a novata ter escolhido o designer, nem que tente se aproximar do estilo de sua antecessora mais famosa, chamada de "rainha dos EUA" na gestão do marido, John F. Kennedy.

Lauren foi o estilista da campanha de Hillary e representa, assim como Trump, o "sonho americano". Foi pobre, empreendeu e construiu um império de bilhões.

Inicialmente, o estilista havia declarado que não gostaria de vestir a primeira-dama, mas, segundo disse um porta-voz da marca ao jornal "The New York Times", voltou atrás porque "a posse presidencial é o momento de os EUA mostrarem seu melhor ao mundo".

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Melania deve, então, assumir um simulacro de Jacqueline Kennedy. Sorrir para a foto, acompanhar o marido em viagens oficiais e promover festas estonteantes no castelo de vidro de sua Trump Tower, em Nova York. O próprio presidente já havia comparado a mulher a Jackie O. em um dos seus vários arroubos megalomaníacos.

Fica claro, porém, que os EUA não precisam, nem querem, outro exemplo de mulher do lar, preocupada em servir ao homem e ser mãe exemplar.

Michelle Obama, a antecessora, mostrou ao povo americano um estilo de primeira-dama ativa na agenda do presidente e comprometida com suas próprias causas. Preferiu criar um estilo a reproduzir outro. Convenceu com discurso e diplomacia, muitas vezes explícita em roupas.

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Esse papel será de Ivanka Trump, a "primeira-filha", que se mudou hoje de Nova York para Washington com o marido, Jared Kushner.

Assim como fez sua madrasta, a gentileza dispensada à moda americana foi regra na escolha do "look", um casaco assimétrico combinado a uma calça de alfaiataria, tudo da grife homônima do imigrante dominicano Oscar de La Renta (1932-2014).

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O conjunto, branco, é bem diferente do estilo "ladylike" e dos tubinhos justos usados por ela na campanha presidencial, quando, ao lado da irmã Tiffany, servia ao candidato com uma imagem de "garota-inteligente-do-papai".

Hoje, nenhuma das mulheres de Trump desbancou Michelle Obama no quesito moda. Segundo dados do Google Trends, a antiga primeira-dama encabeça a lista de pessoas mais vistas quando se procura o termo "vestidos de posse". Atrás dela está Ivanka, depois Melania e, em quarto, claro, Jaqueline Kennedy.

PRIMEIRA-FILHA

O segundo posto faz sentido. Será Ivanka quem trabalhará para defender qualquer interesse de Trump com o público feminino, rancoroso após as declarações misóginas do novo presidente. A cadeira da primeira-dama na Casa Branca será ocupada por ela.

Outro ponto de interesse foi a escolha cromática dos quatro personagens principais dessa posse. Obama, de gravata azul, combinava com o vestido "Jackie" de Melania, e Trump, de acessório vermelho, fazia par cromático com o vestido alguns tons mais escuros de Michelle.

A ideia de unidade transmitida por essa "coincidência" provavelmente foi obra das equipes de marketing dos adversários no pleito, uma tentativa de acalmar mercados e a sociedade civil americana, dividida entre um casal que levou personalidade ao poder e uma cópia do que há de mais antigo, retrógrado e fora de moda na política.

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