SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Integrantes do governo alemão reagiram às declarações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre temas como comércio e segurança.
Em entrevista publicada neste domingo (15) pela revista alemã "Bild", Trump classificou de "obsoleta" a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), a aliança militar ocidental. O republicano também defendeu a imposição de taxas de até 35% sobre montadoras de veículos que decidam transferir a produção dos EUA para outros países.
Nesta segunda-feira (16), o ministro alemão das Relações Exteriores, Frank Walter Steinmeier, afirmou que os comentários de Trump sobre a Otan geraram "surpresa e ansiedade" entre membros do bloco militar.
Por sua vez, o ministro alemão da Economia, Sigmar Gabriel, disse que as taxas protecionistas anunciadas por Trump "deixariam a indústria automobilística americana pior, mais fraca e mais cara".
Gabriel, que também ocupa o cargo de vice-chanceler, disse que deve-se ter mais auto-confiança para lidar com Trump e sugeriu que talvez os "EUA devam fazer carros melhores".
Em sua entrevista, Trump também criticou a política de portas abertas aos refugiados adotada pela chanceler alemã, Angela Merkel, e saudou o "brexit", a saída britânica da União Europeia.
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