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ATUALIZADA - Advogados e famílias buscam informações sobre detentos em RR

RUBENS VALENTE E MARLENE BERGAMO BOA VISTA, RR (FOLHAPRESS) - Horas depois da chacina de 31 presidiários cometida, segundo o governo estadual, por integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) em Boa Vista (RR), parentes e advogados buscavam sem sucess

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 06.01.2017, 21:53:47 Editado em 06.01.2017, 21:55:09
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RUBENS VALENTE E MARLENE BERGAMO

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BOA VISTA, RR (FOLHAPRESS) - Horas depois da chacina de 31 presidiários cometida, segundo o governo estadual, por integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) em Boa Vista (RR), parentes e advogados buscavam sem sucesso informações sobre a situação de detentos na Pamc (Penitenciária Agrícola de Monte Cristo).

O advogado Marcelo Hirano foi saber na guarita de entrada da Polícia Militar o paradeiro de dois clientes, mas nada conseguiu. Ele foi orientado por um PM a buscar respostas na Sejuc (Secretaria de Justiça e Cidadania), no centro da cidade.

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Em outubro passado, o presídio já havia sido sacudido por uma chacina de dez detentos. Depois disso, segundo o advogado, o governo estadual mudou a forma de atuar.

"Depois da chacina dos dez detentos, a Sejuc mudou de comando e botaram quente aí dentro. Acabaram com as regalias e botaram os detentos presos mesmo. Antes eles andavam livres nas áreas comuns. Houve movimentos de greve de fome, mas a Sejuc não amoleceu", contou o advogado.

Hirano disse que às vezes os detentos mandam notícias a parentes por meio de telefones celulares dentro do presídio, mas desde a madrugada cessou toda a comunicação. "Não há mais nenhuma informação de dentro do presídio."

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A dona de casa Lezine Moreira buscava informações sobre seu marido, Johnnis Lima, de 35 anos, preso sob acusação de assalto. Ela disse que há informações contraditórias e nenhuma lista de mortos havia sido divulgada.

Na entrada principal do presídio, o silêncio só foi quebrado pelo barulho de duas explosões no interior da penitenciária. A Sejuc informou que eram bombas de efeito moral, mas que a situação do presídio estava "sob controle" desde o início da manhã.

A PM não instalou nenhum esquema especial de segurança no acesso à penitenciária. A barreira que fora montada pela manhã na estrada de acesso já havia sido desmontada à tarde.

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Inaugurada nos anos 1980, a penitenciária tem cerca de 1,5 mil detentos para 700 vagas e "não passou por nenhuma obra de vulto" até 2015, disse o secretário de Justiça e Cidadania, Uziel Castro.

Segundo ele, no último ano e meio o governo começou a fazer investimentos, como a instalação de câmeras e cercas elétricas e construção de uma muralha interna e de alojamentos para agentes penitenciários e policiais militares.

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"A governadora recebeu um Estado falido, com dívidas de R$ 1 bilhão, mas se sensibilizou e está fazendo vários investimentos no presídio."

Ao contrário do Compaj de Manaus, em que foram assassinados 56 detentos, não existe uma co-gestão com empresa. Todo o trabalho é feito pelo governo estadual, com policiais militares na área externa e agentes penitenciários tratando dos presos.

As armas usadas no ataque do PCC, segundo o secretário, não foram inseridas no presídios, mas sim confeccionadas de forma artesanal pelos próprios detentos.

"Eles usaram estoques produzidos com as barras de ferro de estruturas destruídas em rebeliões antigas", disse o secretário.

NOMES

O IML divulgou no início da noite os nomes dos quatro primeiros presos identificados como vítimas da chacina. São eles: Alcides Pereira de Aquino, Carlos Eduardo Loureiro de Castro, Edismar Henrique e Enoque Corrêa Lima.

Segundo o órgão, os nomes restantes serão divulgados nas próximas horas. As impressões digitais dos corpos não estão comprometidas e, por isso, não deverá ser necessário fazer exame de DNA para determinar as identidades. De acordo com o IML, os presos morreram de lacerações diversas e também decapitações, em número ainda não confirmado.

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