SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Justiça militar de Israel condenou por assassinato um soldado que havia atirado em um agressor palestino ferido, em um processo que gerou divisões no país. O julgamento ocorreu nesta quarta (4)
Em março, o sargento Elor Azaria, 20, matou a tiros um palestino que estava ferido e desarmado e que, momentos antes, havia esfaqueado um outro soldado na cidade de Hebron, na Cisjordânia.
A ação de Azaria foi capturada em vídeo e gerou reações negativas por parte de comandantes das Forças Armadas. Integrantes do governo israelense e simpatizantes da extrema direita, por sua vez, saíram em defesa do militar.
Nesta quarta-feira, dezenas de apoiadores de Azaria se reuniram do lado de fora do tribunal militar em Tel Aviv onde ocorreu o julgamento para pedir sua absolvição. Alguns manifestantes entraram em confronto com a polícia.
No julgamento, a Justiça militar considerou inválidos os argumentos dos advogados de Azaria, de que ele teria agido em defesa própria.
"O motivo dele para atirar foi que ele sentiu que o terrorista merecia morrer", disse a coronel Maya Heller, líder do painel de militares selecionado para julgar o caso. "Não se pode usar esse tipo de força, mesmo quando se trata da vida de um inimigo."
A condenação de Azaria é um caso raro em que a Justiça militar de Israel se opõe a um soldado por ações adotadas em combate.
A Defesa disse que recorrerá do veredicto. A decisão sobre a sentença de Azaria, que pode chegar a até 20 anos de prisão, deve sair em algumas semanas.
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