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ATUALIZADA - Maior matança em presídios desde o Carandiru deixa 60 vítimas em Manaus

BRUNA CHAGAS, DHIEGO MAIA, FABIANO MAISONNAVE E FERNANDA PEREIRA NEVES MANAUS, AM, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma briga entre facções criminosas rivais seguida de rebelião no maior presídio do Amazonas deixou ao menos 60 presos mortos nesta segunda-fe

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 02.01.2017, 14:40:50 Editado em 02.01.2017, 14:45:09
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BRUNA CHAGAS, DHIEGO MAIA, FABIANO MAISONNAVE E FERNANDA PEREIRA NEVES

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MANAUS, AM, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma briga entre facções criminosas rivais seguida de rebelião no maior presídio do Amazonas deixou ao menos 60 presos mortos nesta segunda-feira (2) em Manaus, capital do Amazonas. O motim durou 17 horas e, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado, há decapitados entre as vítimas.

A matança é a maior em número de vítimas em presídios do país desde o massacre do Carandiru, em 1992, em São Paulo, quando uma ação policial deixou 111 presos mortos na casa de detenção. Desde então, há outras tragédias no sistema carcerário nacional, como a rebelião em 2004 na Casa de Custódia de Benfica (RJ), quando morreram 31 pessoas. Também entram na lista o motim no presídio de Urso Branco (RO), que deixou 27 mortos em 2002, e a rebelião no Complexo Penitenciário de Pedrinhas (MA) em 2010, com 18 mortos.

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Em Manaus, o motim começou na tarde de domingo (1º), no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), localizado no km 8 da BR-174. Na unidade havia 1.224 homens, o triplo da capacidade (de 454 vagas), segundo dados do mês passado do governo estadual. No Compaj ainda há outras duas unidades –uma para presos do regime semiaberto e outra para os de regime fechado feminino. O Amazonas possui 11 unidades prisionais.

A rebelião foi motivada por uma briga entre as facções Família do Norte e PCC, segundo Marluce da Costa Souza, coordenadora da Pastoral Carcerária do Estado. O governo do Estado também informou que os chefes das facções não fizeram exigências. O massacre é tratado como uma guerra entre os grupos criminosos, e, de acordo com as investigações iniciais, a rebelião foi comandada pela Família do Norte.

Pouco antes da rebelião com mortos no Compaj, 87 presos fugiram do Ipat (Instituto Penal Antônio Trindade), um presídio penal a 5 km dali –o Ipat tem 229 internos, e o governo estadual ainda está fazendo contagem de preso. No início da tarde, entre 40 e 60 já tinham sido recapturados. Também houve fuga de presos no Compaj, mas o governo não soube informar quantos. Segundo Sérgio Fontes, secretário municipal de Segurança Pública de Manaus, essa pode ter sido também a maior fuga da história do Amazonas.

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A Seap (Secretaria de Estado da Administração Penitenciária) pasta que administra o sistema penitenciário do Amazonas, isolou toda a área onde ficam as duas unidades prisionais. Nas vias que dão acesso à rodovia BR-174, foram montadas barreiras policiais para auxiliar na busca por fugitivos, além de impedir que parentes se aproximem dos presídios.

Dos reféns no Compaj, 74 eram detentos e outros 12 funcionários da Umanizzare, empresa de gestão privada que presta serviço no complexo. Após a rebelião, os funcionários foram liberados na manhã desta segunda (2), sem ferimentos. Ainda não foi informado quantos detentos ficaram feridos.

O Ministério da Justiça e Cidadania informou que o ministro Alexandre de Moraes manteve durante todo o tempo contato com o governador do Amazonas, José Melo de Oliveira. O governador disse ainda que utilizará os R$ 44,7 milhões de repasse que o Fundo Penitenciário do Amazonas recebeu do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), na última quinta-feira (29), para reforma a unidade.

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