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Morre Cláudio Pastro, artista sacro que revitalizou a Basílica de Aparecida

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Morreu na madrugada desta quarta-feira (19) o artista sacro Cláudio Pastro, aos 68 anos. Ele estava internado no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, havia 12 dias, mas não resistiu a um derrame cerebral. O corpo está

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 19.10.2016, 15:00:42 Editado em 19.10.2016, 15:05:10
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Morreu na madrugada desta quarta-feira (19) o artista sacro Cláudio Pastro, aos 68 anos. Ele estava internado no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, havia 12 dias, mas não resistiu a um derrame cerebral.

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O corpo está sendo velado no Mosteiro Nossa Senhora da Paz, em Itapecerica da Serra, interior de São Paulo, onde também será enterrado às 16h, após uma missa em sua homenagem.

Considerado um dos mais importantes artistas sacros do mundo, Pastro foi o responsável pela revitalização da Basílica de Nossa Senhora Aparecida, obra que precisou ser apressada com a vinda do papa Bento 16, em 2008.

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"Arte é como água", disse à Folha de S.Paulo àquela época. "É imprescindível."

A declaração confrontava o que ele acreditava ser uma influência da Teologia da Libertação na Igreja do país, durante as décadas de 1970 e 1980, o que teria resultado em uma demora na reforma da Basílica.

"Os bispos e os padres diziam para mim: 'Arte é luxo'. Foi um período em que isso aqui era tratado como 'ópio do povo'. Mesmo a missa terminava sendo muito chulé. O povo saía da merda e encontrava a mesma coisa dentro da igreja", afirmou o artista.

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Na mesma ocasião, Pastro chegou a declarar que considerava a Basílica de Aparecida mais bonita do que a de Roma, para cuja construção e concepção contribuíram artistas como Rafael e Michelangelo.

Em 2013, ele confeccionou mais de 20 peças -feitas de latão, mas banhadas em ouro e prata- para a visita do papa Francisco em ocasião da celebração final da Jornada Mundial da Juventude, no Rio, e de sua visita à Aparecida. À revelia da preferência da Arquidiocese do Rio, que gostaria que as peças fossem completamente feitas de ouro, Pastro disse que preferiria ter utilizado materiais mais simples, mas fez prevalecer o latão com banho dourado. "Queriam uma coisa suntuosa. Seria jogar dinheiro fora", disse.

No final da década de 1990, Pastro foi o responsável pela criação da imagem do Cristo usada pelo Vaticano nas publicações e comemorações da chegada do terceiro milênio.

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Cláudio Pastro cursou ciências sociais na PUC-SP, nos anos 1970. "Eu queria fazer belas artes, mas minha família era pobre. Só tínhamos duas faculdades de artes em São Paulo, ambas caríssimas", disse.

O artista chegou a contar que voltava da aula de sociologia e "desenhava como um louco". Conseguiu viajar à Itália, onde começou seus estudos na Academia de Belas Artes Lorenzo de Viterbo.

Estudou também no Museu de Arte Sacra da Catalunha (Espanha) e na Abbaye Notre-Dame de Tournay (França), entre outras.

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