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Funcionários correm para ajeitar área para a transição da Prefeitura de SP

THIAGO AMÂNCIO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Praça da Sé, marco zero de São Paulo. Em meio a engravatados apressados, ambulantes, pedintes e moradores de rua, estará, a partir de segunda (17), o núcleo de transição entre a atual gestão da Prefeitura de São

Da Redação

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Publicado em 14.10.2016, 17:48:01 Editado em 14.10.2016, 17:50:09
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THIAGO AMÂNCIO

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Praça da Sé, marco zero de São Paulo. Em meio a engravatados apressados, ambulantes, pedintes e moradores de rua, estará, a partir de segunda (17), o núcleo de transição entre a atual gestão da Prefeitura de São Paulo, de Fernando Haddad (PT), e a próxima administração, a ser comandada por João Doria (PSDB).

Em metade do quinto andar do prédio da superintendência regional da Caixa Econômica Federal, a 500 metros da sede da prefeitura, entre 30 e 40 pessoas devem trabalhar na troca de comando -cerca de cinco funcionários do Estado, cinco da gestão Haddad e o restante do lado tucano.

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Comandará o grupo Júlio Semeghini, ex-secretário de Gestão Pública e de Planejamento e Desenvolvimento do governador Geraldo Alckmin (padrinho político de Doria) além de coordenador da campanha do prefeito eleito.

Enquanto a São Paulo real acontece no térreo -motorista da Folha de S.Paulo presenciou seis homens furtando caixas de um caminhão estacionado ao lado do prédio-, no quinto andar haverá salas de reuniões, um salão amplo para discussões de câmaras temáticas -ainda não definidas, mas que devem discutir assuntos ligados às secretarias municipais, como educação, moradia, transporte e saúde- e um auditório para reuniões maiores, onde devem acontecer também as coletivas de imprensa.

Até esta sexta-feira (14), porém, o cenário era outro. Caixas estavam espalhadas por todas as salas do andar, trabalhadores instalavam cabos de internet e a sala oval onde o tucano eleito trabalhará nos próximos dois meses e meio ainda era ocupada pela superintendente regional do banco público.

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A expectativa é que o espaço, de 433 m², esteja pronto para receber as equipes de trabalho na segunda-feira. As adaptações são feitas pela equipe de manutenção da Caixa, sem custo adicional, diz a empresa.

A concessão do espaço faz parte de uma ação do banco "que tem como objetivo principal estabelecer relacionamento com os novos gestores municipais nos primeiros cem dias da nova administração", diz a Caixa, em nota. Ao banco, interessa oferecer produtos e serviços aos gestores, que vão da gestão financeira do governo a programas de financiamento e transferência de renda.

FARPAS

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O tom do atual prefeito subiu no último domingo (9) em evento organizado por eleitores para "agradecer sua gestão". Em recado a Doria, Haddad disse que "São Paulo não está à venda", em referência ao projeto de concessões e privatizações de equipamentos municipais, promessa do sucessor.

A avaliação da equipe de transição, porém, é de que não há troca de farpas e que os trabalhos continuam "republicanos", como definiram o atual e o futuro prefeito em reunião no último dia 7.

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Questionado na última segunda (10) sobre como será a troca de gestão, Haddad disse que a transição "vai ser melhor" que a última, em 2012, quando recebeu a prefeitura de Gilberto Kassab (PSD).

As mesmas salas do prédio da Caixa foram usadas à época. Durante o período de transição, a relação entre Kassab e Haddad foi cordial, com eventuais trocas de elogios.

Os ânimos entre os dois se elevaram no primeiro ano da gestão do petista. Em entrevista à Folha em novembro de 2013, Haddad, em referência à máfia do ISS, chamou de "descalabro" a situação que encontrou na prefeitura. "Havia uma degradação. Nichos instalados e empoderados", disse. Kassab rebateu no dia seguinte, e disse que descalabro havia sido o primeiro ano da administração do sucessor.

Houve tensão na troca de comando na prefeitura em 2004, quando Marta Suplicy (então no PT) perdeu a eleição para José Serra (PSDB). A primeira reunião entre os dois aconteceu quase um mês após a vitória de Serra. Os tucanos reclamavam que recebiam informações incompletas e mal organizadas. Os petistas rebatiam que o PSDB tentava justificar eventuais embaraços do início do mandato.

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