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Delegados de SP são condenados a 9 anos por extorsão no caso Abadía

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou a até nove anos de prisão sete policiais civis -dois deles delegados- acusados de extorquir pessoas ligadas ao narcotraficante internacional Juan Carlos Abadía. Os policiais foram a

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 04.10.2016, 19:48:20 Editado em 04.10.2016, 19:50:11
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou a até nove anos de prisão sete policiais civis -dois deles delegados- acusados de extorquir pessoas ligadas ao narcotraficante internacional Juan Carlos Abadía.

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Os policiais foram absolvidos em primeira instância, por suposta falta de provas, mas os desembargadores da 11ª Câmara Criminal reformaram a sentença para condená-los e determinar a prisão imediata de todos.

"Com efeito, merece reparo a sentença recorrida, uma vez que a prova carreada aos autos mostra-se firme o suficiente a embasar a prática do crime de extorsão qualificada e formação de quadrilha parte dos acusados", diz um trecho da sentença assinada pela relatora Ivana David.

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As ordem de prisão ainda não foram cumpridas porque a condenação se deu no período em que detenções são vetadas pela Justiça eleitoral (28 de setembro a 4 de outubro).

A partir desta quarta (5), porém, todos eles podem ser presos e levados ao presídio. A decisão foi revelada pelo jornal "O Estado de S. Paulo".

Estão na lista dos condenados o delegado Pedro Luiz Pórrio que, na época, chefiava uma das delegacias do Denarc, responsável pelo combate ao tráfico de drogas.

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Pórrio foi preso em 2007, suspeito de outras extorsões praticadas contra Abadía e pessoas da confiança do traficante. Parte das suspeitas surgiu durante uma investigação da Polícia Federal contra o colombiano. Ao ser preso, Abadía apontou uma série de ações de policiais paulistas que o acharcavam.

No caso julgado, os policiais foram condenados sob a acusação de terem extorquido um funcionário de Abadía em 2006.

O homem teria sido obrigado a vender uma caminhonete que possuía e dar metade do dinheiro aos policiais para se livrar de ameaças de prisão.

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Durante a venda do veículo, o suposto braço direito de Abadía passou a ser extorquido por policiais do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) que, sob o comando do delegado Elmo Vieira Ferreira, exigiram dinheiro para liberar a venda da caminhonete mesmo com problemas em na documentação do veículo.

A pena dos policiais foi fixada em nove anos e seis de reclusão em regime fechado. A sentença inclui formação de quadrilha.

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O advogado dois delegados, Daniel Bialski (Pórrio) e João Manssur (Ferreira), afirmaram que vão recorrer da decisão por considerá-la uma afronta às provas dos autos porque as supostas vítimas negaram em juízo as extorsões.

"Respeito a decisão, mas não concordo", disseram.

Eles afirmaram que pediram um habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça) para suspender a ordem de prisão.

O delegado Pórrio foi expulso da polícia por decisão administrativa.

Procurada, a Secretaria de Segurança Pública ainda não informou qual a situação de todos os policiais condenados.

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