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Farc pedem desculpa por massacre e prometem reparação material

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Entre lágrimas e abraços, membros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) apresentaram, nesta sexta (30), desculpas à população de La Chinita, um bairro pobre de Apartadó, no noroeste da Colômbia, 22 anos após o

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 01.10.2016, 19:55:03 Editado em 01.10.2016, 20:26:19
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Entre lágrimas e abraços, membros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) apresentaram, nesta sexta (30), desculpas à população de La Chinita, um bairro pobre de Apartadó, no noroeste da Colômbia, 22 anos após o massacre que deixou 35 mortos.

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Após firmar o acordo de paz -na última segunda (26)- com o governo de Juan Manuel Santos, líderes das Farc foram a La Chinita para reconhecer seu erro e pedir perdão aos familiares e amigos das vítimas.

A jornada começou com uma passeata pelas ruas de La Chinita, onde os familiares das vítimas se vestiram de branco e trouxeram no peito os nomes dos mortos no massacre.

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Carregando flores brancas, o grupo recordou os mortos do dia 23 de janeiro de 1994, quando uma festa para arrecadar fundos para escolas se transformou em um massacre, com os guerrilheiros executando as vítimas diante de seus familiares.

O chefe negociador de paz das Farc, Iván Márquez, abraçou e tentou confortar alguns familiares de vítimas.

"Viemos a La Chinita 22 anos após aquele triste 23 de janeiro, com o coração partido, para pedir perdão, com humildade, por toda a dor que causamos", disse Márquez em seu discurso.

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"Jamais deveria ter ocorrido isto naquela noite de alegria e festa popular. Jamais o comando das Farc ordenou tal atrocidade, mas estamos aqui para responder", disse Márquez, que negociou a paz com o governo durante quase quatro anos.

Ciro Abadía, presidente da Asovima (Associação das Vítimas de Antioquia), declarou que La Chinita foi "um massacre anunciado", pois ocorreu em uma época em que as Farc perseguiam como "traidores" os membros do desmobilizado EPL (Exército Popular de Libertação), que havia firmado a paz em 1991.

O objetivo era "aniquilar o processo de paz" com o EPL, mas "executaram apenas um ex-combatente, os demais eram pessoas inocentes".

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REPARAÇÃO MATERIAL

Guerrilheiros colombianos das Farc disseram neste sábado (1º) que serão declaradas às autoridades os recursos econômicos que financiaram o longo conflito contra o Estado.

Segundo a Farc, os recursos serão aplicados em compensações às vítimas do conflito no âmbito do acordo de paz.

"Conforme o estabelecido no acordo final, procederemos à reparação material das vítimas, no marco das medidas de reparação integral", confirmou o grupo rebelde, em um comunicado.

O anúncio da Farc veio um dia antes de colombianos irem às urnas para aprovar ou rejeitar, em plebiscito, o acordo assinado esta semana para terminar com um confronto que deixou cerca de 220 mil mortos.

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