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Após rejeitar encontro, Macri recebe líder das Avós da Praça de Maio

LUCIANA DYNIEWICZ BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - Após entrar em conflito com as mães e as avós da praça de Maio, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, tentou amenizar as diferenças e recebeu as representantes dos movimentos nesta terça-feira

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 23.02.2016, 23:00:30 Editado em 27.04.2020, 19:52:44
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LUCIANA DYNIEWICZ
BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - Após entrar em conflito com as mães e as avós da praça de Maio, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, tentou amenizar as diferenças e recebeu as representantes dos movimentos nesta terça-feira (23) na Quinta de Olivos (residência oficial da Presidência), a cerca de 20 km do centro de Buenos Aires.
Em um encontrou de 45 minutos, do qual também participaram outras entidades de direitos humanos, as representantes falaram de suas preocupações com a realização de uma marcha em 24 de março na praça de Maio, em Buenos Aires.
Na data, que marca o 40º aniversário do golpe de Estado que deu origem à ditadura mais violenta do país, o presidente americano, Barack Obama, estará na cidade.
A visita do dirigente causou controvérsia entre os argentinos. "Que linda será a marcha do dia 24 recordando a Obama que seu país foi cúmplice e responsável pela ditadura", escreveu no Twitter a escritora e política kirchnerista Gabriela Cerruti.
O governo, porém, garantiu durante a reunião que a manifestação poderá ser feita, apesar das medidas de segurança exigidas pelo governo americano.
Além de tratarem da marcha, as mães e avós de Maio pediram ao presidente a libertação de Milagro Sala (líder política da oposição) e disseram estar preocupadas com as ações de repressão a protestos anunciadas pelo governo.
"Há assuntos que estão no documento que entregamos a Macri que nos preocupam. O presidente nos escutou, respondeu com serenidade e garantiu tomar algumas medidas", disse a presidente das Avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto.
CONFLITOS
A relação entre Macri e as associações de familiares de desaparecidos na ditadura nunca foi amistosa.
Antes mesmo de o presidente ser eleito, Carlotto afirmou que, se Macri vencesse, repressores da ditadura seriam soltos.
Em janeiro, Macri se recusou a receber a líder da associação, alegando falta de tempo. O chefe de gabinete da Presidência, Marcos Peña, ficou encarregado de se reunir com Carlotto.
A atitude não foi bem vista e acabou repensada na semana passada, quando surgiram pressões na sociedade com o anúncio da visita de Obama no dia 24 de março.
Para não ter imprevistos durante a estada do mandatário americano, Macri tratou de convidar Carlotto para o encontro desta terça. Anunciou que era um ato preparatório para as atividades que marcarão o 40º aniversário do golpe.
Além da líder das Avós, o presidente também recebeu representantes da Mães da Praça de Maio Linha Fundadora. A associação das Mães da Praça de Maio, no entanto, não participou do encontro. A líder da entidade, Hebe de Bonafini, tem uma posição mais dura em relação a Macri.
"Com o inimigo não se pode dialogar", afirmou recentemente à Folha de S.Paulo. Bonafini já insultou o dirigente publicamente mais de uma vez.
Os movimentos de direitos humanos argentinos receiam que Macri, um político de centro-direita, interrompa o julgamento de agentes da ditadura. Eles também tinham uma forte relação com a ex-presidente Cristina Kirchner, de quem recebiam apoio e recursos financeiros.

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