JOÃO PEDRO PITOMBO
SALVADOR, BA (FOLHAPRESS) - Dois dos principais blocos afro de Salvador, o Muzenza e o Malê Debalê levaram o recado da resistência do povo negro para o Circuito do Campo Grande na noite deste sábado (6).
Membro da percussão do Muzenza, o pedreiro Fred Santos, 41, chegou cedo ao circuito junto com um grupo de amigos para o desfile do bloco que completa 35 carnavais este ano.
Elogiou a organização do desfile, mas criticou o horário destinado aos blocos afro. Se fosse mais cedo, teríamos uma maior visibilidade.
Ao seu lado, o serralheiro Osvaldo Barradas, 38, disse que é muzenzeiro de raiz e não perde um desfile. Tenho maior orgulho em desfilar porque é um a turma que representa a paz, o amor e a resistência, disse.
O Malê Debalê levou a avenida um grupo de turistas da Alemanha que participam de um grupo de percussão afro-brasileira em Munique comandado pelo percussionista Tinga Bispo.
É uma sensação maravilhosa desfilar no Malê e sentir o som da percussão do bloco, disse a secretária Andrea Thaller, 41, que saiu Munique junto com mais três amigas para participar do carnaval de Salvador.
O Malê Debalê, que tem origem no bairro de Itapuã, fez uma homenagem à Nigéria no desfile deste ano.
Ainda desfilam neste sábado no Campo Grande os blocos afros Bankoma, Os Negões, além do tradicional Ilê Aiyê.
Escrito por Da Redação
Publicado em 07.02.2016, 00:48:07 Editado em 27.04.2020, 19:53:07
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