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Após tortura e morte de turista no Egito, Itália convoca embaixador

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governo italiano convocou o embaixador egípcio em Roma, Amr Mostafa Kamal Helmy, para dar explicações sobre a morte de um turista do país, cujo corpo foi encontrado na quarta (3) com sinais de tortura às margens de uma estra

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 04.02.2016, 10:32:58 Editado em 27.04.2020, 19:53:12
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governo italiano convocou o embaixador egípcio em Roma, Amr Mostafa Kamal Helmy, para dar explicações sobre a morte de um turista do país, cujo corpo foi encontrado na quarta (3) com sinais de tortura às margens de uma estrada nos arredores do Cairo.
O corpo foi identificado como sendo do estudante italiano Giulio Regeni, 28, que estava desaparecido desde 25 de janeiro, dia do quinto aniversário da queda do ditador egípcio Hosni Mubarak. Uma campanha havia sido lançada por amigos nas redes sociais para tentar encontrá-lo.
O jovem cursava graduação no Departamento de Política e Estudos Internacionais na Universidade de Cambridge, no Reino Unido.
Segundo o promotor responsável pelo caso, Ahmed Nagi, o corpo de Regeni apresentava sinais de tortura e "morte lenta", entre eles múltiplos ferimentos com faca e queimaduras de cigarro na pele. Nagi disse ainda à Associated Press que o corpo de Regeni estava seminu da cintura para baixo.
Uma investigação inicial dizia que a morte teria sido causada por um acidente na estrada, e não reportava sinais de tortura.
A chancelaria italiana pediu ao governo egípcio que seja feita uma investigação conjunta sobre o caso, segundo comunicado divulgado nesta quinta (4).
O ministério italiano disse esperar a "máxima colaboração em todos os níveis diante da gravidade excepcional do que ocorreu". "Em nome de seu país, [o embaixador egípcio] Helmy manifestou profundas condolências pela morte de Regeni e nos assegurou que o Egito vai cooperar totalmente para encontrar os responsáveis por esse ato criminoso", diz a nota.
A insegurança no Egito já tem afetado o turismo, uma das atividades econômicas mais importantes no país. A cada vez maior presença de radicais ligados à facção terrorista Estado Islâmico (EI) em território egípcio levou países como o Reino Unido a desaconselhar viagens ao país, especialmente à península do Sinai.
Em agosto, um cidadão croata que estava trabalhando no setor petroleiro no Cairo foi decapitado, e, meses antes, uma bomba explodiu em frente ao consulado italiano na capital egípcia.
Ainda não há indícios, contudo, de que a morte de Regeni esteja associada a ação de terroristas.

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