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2- Unasul deve 'evitar escaladas retóricas' na região, diz chanceler brasileiro

ISABEL FLECK, ENVIADA ESPECIAL QUITO, EQUADOR (FOLHAPRESS) - Em reunião de chanceleres da Unasul no Equador, nesta quinta (28), o ministro Mauro Vieira disse que os países do bloco devem "evitar escaladas retóricas" na região e destacou o compromisso do

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 28.01.2016, 19:15:55 Editado em 27.04.2020, 19:53:21
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ISABEL FLECK, ENVIADA ESPECIAL
QUITO, EQUADOR (FOLHAPRESS) - Em reunião de chanceleres da Unasul no Equador, nesta quinta (28), o ministro Mauro Vieira disse que os países do bloco devem "evitar escaladas retóricas" na região e destacou o compromisso do grupo com a "institucionalidade democrática".
"Destaco o compromisso consagrado na Unasul com a institucionalidade democrática e com o Estado de Direito, a ser respeitado por todos os atores políticos", disse Vieira.
A declaração se dá num momento de crise política na Venezuela, onde o papel da Assembleia Nacional, dominada, desde as últimas eleições, pela maioria opositora, passou a ser contestado pelo governo de Nicolás Maduro.
A referência à escalada retórica, por sua vez, se dá após a troca de acusações entre o presidente da Argentina, Mauricio Macri, e a chanceler venezuelana, Delcy Rodriguez, que roubou a cena na última cúpula do Mercosul, em dezembro.
"A tradição da solução pacífica de controvérsias por meio do diálogo e do Direito Internacional deve ser reforçada no âmbito da Unasul. É importante evitar escaladas retóricas que possam desvirtuar essa tradição", afirmou o chanceler, em sua intervenção.
Apesar dos temores de que Maduro pudesse usar a cúpula da Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos), na última quarta (27), para trocar farpas com a vice-presidente argentina, Gabriela Michetti, o venezuelano, inclusive defendeu, em seu discurso, o pleito argentino sobre as ilhas Malvinas.
Vieira se reúne nesta sexta (29) com a chanceler venezuelana em Brasília, a pedido de Caracas. Apesar de o governo Maduro ter ficado visivelmente incomodado com o tom mais duro adotado pelo Brasil em comunicados sobre o processo eleitoral no país vizinho, o ministro brasileiro colocou panos quentes sobre o teor da conversa.
"A agenda será a relação bilateral em todas as áreas: cooperação econômica, comercial, investimentos, todos os temas que sempre discutimos com a Venezuela", afirmou.
CRISE ECONÔMICA
Como na cúpula da Celac, a discussão sobre saídas conjuntas para a crise econômica na região dominou o debate entre os chanceleres da Unasul. Os países do bloco foram especialmente afetados com a queda no preço das commodities.
"Falamos da situação da economia, das questões de crescimento econômico e da importância do papel dessa organização como promotora da integração e da solução para as questões do crescimento", disse Vieira a jornalistas.
"Todos foram unânimes de que temos que ter mais comércio intrarregional, mais investimentos."
Questionado sobre o "plano tático anticrise" para estimular o comércio na região proposto por Maduro para a Celac, o chanceler brasileiro disse "ver muito bem tudo o que possa ajudar a integração e o desenvolvimento dos países-membros".
"Será cada vez melhor para o Brasil e para a região que os países estejam muito bem", afirmou.
HAITI
O Brasil não fará parte da missão de quatro chanceleres da Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos) que vai ao Haiti para conversar com os atores políticos depois da suspensão do segundo turno das eleições presidenciais no último fim de semana. Irão os ministros do Equador, da Venezuela, do Uruguai e das Bahamas.
Vieira, contudo, disse que o Brasil já está contribuindo com a solução do impasse eleitoral na chefia da missão da OEA (Organização dos Estados Americanos) para o Haiti, com o ex-chanceler Celso Amorim.
"Já estamos mais do que presentes", disse.
Ele ainda negou que haja um "choque" entre uma missão da Celac e a missão da OEA no Haiti.
"Há outros presentes, como a União Europeia. Mas é a OEA que está atuando como órgão catalisador e central, que está conversando com todos os atores, com a Igreja, com a oposição", defendeu.
A Celac aprovou, no fim da noite desta quarta (27), o envio de chanceleres para avaliar o possível envio de uma missão de observadores para ajudar no impasse eleitoral.
O pedido do governo haitiano à Celac, entretanto, foi primeiramente questionado pelo presidente equatoriano, Rafael Correa, anfitrião da cúpula, já que o Haiti havia feito à OEA pedido semelhante na quarta.
Horas antes, Correa havia defendido, em discurso, que a OEA fosse substituída pela Celac como bloco prioritário para a discussão de assuntos da região.

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