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72% dos taxistas são contra legalização do Uber no país, indica pesquisa

DIMMI AMORA BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Para 95% dos taxistas, a demanda caiu em 2015, mas a maior parte deles atribui isso à crise (43%). O uso de transporte clandestino (30%) ou aplicativos (10%) foi classificado como de menor impacto. É o que aponta

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 28.01.2016, 12:55:01 Editado em 27.04.2020, 19:53:21
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DIMMI AMORA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Para 95% dos taxistas, a demanda caiu em 2015, mas a maior parte deles atribui isso à crise (43%). O uso de transporte clandestino (30%) ou aplicativos (10%) foi classificado como de menor impacto.
É o que aponta pesquisa inédita feita pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes) com motoristas de táxi de todo o país, divulgada nesta quinta-feira (28). O levantamento, realizado em novembro do ano passado, alcança 12 regiões metropolitanas do país, onde 1.001 motoristas foram ouvidos.
De cada quatro motoristas entrevistados, um acredita que é necessário melhorar o atendimento para aumentar a demanda e só um de cada 20 acha que é necessário acabar com os aplicativos. Mesmo assim, 72% são contra a legalização do aplicativo Uber.
A maioria (69%) aponta que o Uber roubou passageiros e pede mais fiscalização sobre ele, mas não tem interesse em trabalhar com essa ferramenta. Quase 45% informaram já usar outros aplicativos específicos para buscar passageiros de táxi.
Nesta quinta (28), o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, disse que os taxistas "vão desaparecer pela concorrência predatória" se eles não aceitarem a regulamentação do aplicativo Uber na cidade.
RENDA
Os motoristas informaram no levantamento que dirigem em média 200 quilômetros por dia e a maioria (52%) trabalha entre 9 horas e 12 horas por dia. Pelo menos 40% disseram trabalhar mais de 12h. Eles esperam em média 75 minutos para pegar um passageiro.
O faturamento bruto médio diário dos profissionais foi de R$ 224,69. Mas a maioria (54%) fatura menos de R$ 200. Os motoristas têm uma média de renda na faixa dos R$ 2,7 mil, após descontar os custos e pagamentos de diárias. Apenas 45% são donos das permissões. Metade deles aponta ter algum endividamento, sendo que o valor médio da dívida é de R$ 16,5 mil. A pesquisa mostrou também que a frota está envelhecida. Pelo menos um de cada três carros tinha mais de 3 anos de uso.
Os taxistas têm média de idade de 47 anos, sendo que 20% deles têm mais de 60 anos. Apenas 3% dos motoristas são mulheres. Metade deles está dirigindo faz menos de 10 anos e quase 90% vieram de outra profissão. De cada quatro motoristas, três afirmam estar acima do peso.
A autonomia para definir a hora de trabalhar e poder trabalhar em horários diversificados são consideradas os pontos positivos da profissão. A insegurança (75%) e o desgaste físico (51%) foram os pontos mais negativos apontados no levantamento, sendo que 70% relataram já terem sido assaltados.
Dos que vieram de outra profissão, 51% relatam uma melhoria da situação financeira. Só 17% afirma que ela está pior. A maioria dos motoristas cursou o ensino médio (46% concluíram e 9% não concluíram). Apenas 13% chegaram a cursar ou completaram o ensino superior.

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