LUCIANA DYNIEWICZ
BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - Em mais uma mostra de que vai conduzir uma política externa oposta à de Cristina Kirchner, o governo argentino de Mauricio Macri indicou que poderá extraditar um ex-guerrilheiro chileno.
O sinal foi dado na tarde desta segunda-feira (25) após encontro entre a vice-presidente da Argentina, Gabriela Michetti, e a dirigente do Chile, Michelle Bachelet, em Santiago.
"A intenção é chegar a um entendimento, inclusive com a possibilidade real de extradição", disse Michetti ao ser questionada sobre o caso de Galvarino Apablaza.
O ex-guerrilheiro é acusado de ser o autor intelectual do assassinato do senador Jaime Guzmán, fundador do partido direitista União Democrata Independente (UDI) e um dos principais colaboradores da ditadura de Augusto Pinochet.
Aplabaza fugiu para a Argentina em 1993 -dois anos após o crime- e foi considerado refugiado político pelo governo Kirchner em 2010. Desde então, vive em Buenos Aires com três filhos argentinos.
Após a visita ao Chile, a vice-presidente argentina segue para o Equador, onde participará da cúpula dos países latino americanos e caribenhos.
Michetti afirmou à imprensa chilena que, durante o encontro de Estados, abordará a preocupação da Argentina com a situação dos presos políticos na Venezuela.
O presidente Macri cancelou sua participação na cúpula por recomendações médicas. Há 15 dias, ele sofreu uma lesão em uma costela.
Escrito por Da Redação
Publicado em 26.01.2016, 00:01:03 Editado em 27.04.2020, 19:53:25
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