Em vídeo, Estado Islâmico mostra treinamento de terroristas de Paris

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um novo vídeo divulgado pela milícia terrorista Estado Islâmico neste domingo (24) mostra os autores da série de atentados de Paris matando a tiros e decapitando reféns em regiões dominadas pela facção na Síria.
Nas imagens, feitas pela rede de propaganda Al Hatay, aparecem os nove terroristas que mataram 130 pessoas na capital francesa em 13 de novembro. Dentre eles, o mentor da ação, o belga Abdelhamid Abbaoud, 27.
"Estas foram as últimas mensagens de nove leões do califado que foram mobilizados de seus ninhos para fazer com que um país inteiro, a França, ficasse a seus pés", diz o narrador do vídeo.
A milícia mostra como foi planejado o atentado e como se prepararam seus autores. Alguns deles aparecem treinando com armas e matando por fuzilamento e decapitação alguns reféns vendados e amarrados.
"Em breve na Champs-Elysées", disse enquanto segurava a cabeça de uma vítima Samy Amimour, 28, nascido na periferia de Paris. Ele foi um dos homens-bomba que se explodiram na casa de shows Bataclan, onde 89 pessoas foram mortas.
Abbaoud é visto falando em uma sala. Já Brahim Abdeslam, 30, que se explodiu em frente ao café Comptoir Voltaire, é visto em um stand de tiro. Seu irmão, Salah, o único dos autores que continua foragido, não aparece nas imagens.
Partes das mensagens dos autores destinadas a seus familiares antes de suas mortes também foram mostradas. Segundo ativistas contrários ao Estado Islâmico, eles aparecem treinando em Raqqa, considerada a capital da milícia na Síria.
Além das imagens dos autores dos atentados de Paris, os extremistas voltaram a ameaçar a Europa. Depois de mostrarem um militante segurando uma cabeça, o vídeo é cortado para um discurso do primeiro-ministro britânico, David Cameron.
Eles sugerem que podem atacar o Reino Unido, usando imagens de pontos turísticos de Londres, como o Parlamento. Neste momento, eles advertem que "qualquer um que esteja com os infiéis será alvo de nossas espadas".
O Ministério das Relações Exteriores da França afirmou que o governo avalia o vídeo, mas não fez comentários sobre seu conteúdo. O governo britânico e a Casa Branca também se recusaram a comentar sobre o vídeo.