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Abalos sísmicos assustam moradores de Londrina, e fórum é esvaziado

MARCELO TOLEDO RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) - Correria, medo, evacuação do prédio e cancelamento de audiências. Um novo abalo sísmico registrado em Londrina (PR) nesta quinta-feira (21) à tarde fez com que o expediente no Fórum Criminal fosse cancelad

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 22.01.2016, 18:31:36 Editado em 27.04.2020, 19:53:29
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MARCELO TOLEDO
RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) - Correria, medo, evacuação do prédio e cancelamento de audiências. Um novo abalo sísmico registrado em Londrina (PR) nesta quinta-feira (21) à tarde fez com que o expediente no Fórum Criminal fosse cancelado.
Desde 14 de dezembro, a cidade paranaense já registrou 11 microtremores de terra, com magnitude de 1,1 a 1,9 grau na escala Richter.
O fenômeno está sendo investigado pela UEL (Universidade Estadual de Londrina), em parceria com a USP (Universidade de São Paulo), que instalou quatro sismógrafos no último dia 8 para analisar os tremores.
"Pelo fato de o prédio já ter algumas rachaduras e ser antigo, suspendemos o expediente por precaução. Por sorte, no momento do abalo havia um bombeiro em uma audiência. Ele sentiu o tremor e recomentou que evacuássemos o prédio para vistoria", afirmou o juiz Luiz Valério dos Santos, diretor do fórum.
Segundo ele, o episódio assustou quem estava no fórum, devido às informações constantes de tremores, de origem desconhecida. Londrina não tem registro de fenômenos semelhantes nos últimos anos. O local foi reaberto nesta sexta-feira (22), após uma vistoria descartar risco de desabamento.
Oito dos abalos ocorreram entre os dias 10 e 12 deste mês -sete deles na região do Jardim Califórnia. Do total, cinco foram registrados no dia 11, três deles num intervalo de dois minutos.
Os episódios antecederam em um dia uma série de problemas, como rachaduras e danos em pontes e prédios públicos da cidade, atribuídos às fortes chuvas. No dia 12, a prefeitura registrou 274 mm de chuva e danos de R$ 93 milhões, sendo R$ 17 milhões em estabelecimentos de ensino.
Das 114 unidades, 78 apresentaram algum tipo de dano, o que levou ao adiamento do reinício das aulas.
"Tudo pode acontecer, mas estamos investigando com cautela [um possível elo entre estragos na cidade e os abalos]. O solo de Londrina é de um tipo que pode entrar em colapso, se contraindo quando saturado de água. Um tremor até pode potencializar o colapso do solo, gerando mudanças na superfície, como trincas em construções", disse o geólogo José Paulo Pinese, docente da UEL que estuda os tremores.
Esse fenômeno no solo se dá, de acordo com o geólogo, a uma profundidade de até oito metros. Já os tremores têm origem na rocha basáltica, segundo ele.
A investigação procura saber se as induções têm origem natural ou interferência de alguma atividade humana.
Segundo o Centro de Sismologia da USP, as ondas indicam "foco bem superficial, no máximo a poucas centenas de metros" de profundidade.
"A natureza bem superficial dos focos também se deduz do fato de cada tremor ser sentido fortemente numa área bem restrita", diz trecho de documento da USP sobre os tremores. Dos quatro sismógrafos, três não têm transmissão on-line de dados, que serão analisados nos próximos dias.
Segundo a Prefeitura de Londrina, até o início da próxima semana a USP deve enviar um comunicado sobre os tremores registrados no município.
Apontando a falta de respostas para os tremores como motivo, moradores do Jardim Califórnia fecharam uma avenida do bairro na noite desta quinta para protestar.

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