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Tunísia impõe toque de recolher após nova onda de protestos

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Tunísia declarou toque de recolher em todo território nacional após protestos contra o desemprego tomarem o país nos últimos dias. Das 20h até as 5h, a população está impedida de sair às ruas. Segundo o governo, a medida é

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 22.01.2016, 17:08:32 Editado em 27.04.2020, 19:53:29
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Tunísia declarou toque de recolher em todo território nacional após protestos contra o desemprego tomarem o país nos últimos dias.
Das 20h até as 5h, a população está impedida de sair às ruas. Segundo o governo, a medida é necessária para evitar a violência.
Manifestações eclodiram após domingo (17), quando um jovem se eletrocutou em uma torre de transmissão para protestar contra o desemprego em Kasserine. Desde então, outros dois ficaram feridos após tentarem saltar do telhado do edifício do governo local.
"Eu pensava que a revolução nos daria esperança para encontrar um trabalho digno", disse Haamza Hizi, 28, jovem desempregado que mora em Kasserine. "Nunca pensei que eu iria repetir as mesmas demandas de cinco anos atrás."
A frustração dos jovens é palpável em distritos urbanos mais pobres e em comunidades marginalizadas da Tunísia, onde vem ocorrendo a maioria dos protestos. Houve casos de depredação de edifícios públicos, e um policial morreu.
"Nós entendemos bem as demandas dos manifestantes, e elas são legítimas", disse um porta-voz do governo, "mas pode haver infiltrações nessas manifestações para manchar o nome da Tunísia e colocar em risco nossa democracia."
MORTE SIMBÓLICA
As manifestações que levaram à Primavera Árabe, de 2011, também começaram como uma reação popular ao suicídio, em dezembro de 2010, de um jovem que ateou fogo ao próprio corpo para protestar contra a situação econômica na Tunísia, onde o desemprego afligia um quarto da população. Na época, Kasserine foi uma das primeiras cidades a se rebelar.
Os protestos de então levaram à queda do ditador Zine El Abidine Ben Ali. Uma nova Constituição foi adotada no início de 2014, e um Executivo formado por tecnocratas sucedeu o governo dirigido pelos islamitas do partido Ennahda -vencedores das primeiras eleições democráticas da Tunísia- para buscar uma saída para a crise política.
Hoje, o desemprego no país continua alto, em cerca de 15%, e entre os jovens chega a 30%.
O turismo, uma fonte-chave de empregos e renda na Tunísia, ficou muito prejudicado após os atentados do ano passado contra o Museu do Bardo e contra uma praia turística de Sousse. Em novembro, 12 homens da guarda presidencial foram mortos em Túnis, levando o país a declarar estado de emergência. O ataque foi reivindicado pela facção terrorista Estado Islâmico.

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