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Ataque a hotel em Burkina Fasso termina com ao menos 23 mortos

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Homens armados invadiram na noite desta sexta-feira (15) um hotel de luxo em Uagadugu, capital de Burkina Fasso, e mantiveram hóspedes e funcionários reféns. Ao menos 23 pessoas morreram no ataque, segundo informou neste sába

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 16.01.2016, 10:36:58 Editado em 27.04.2020, 19:53:38
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Homens armados invadiram na noite desta sexta-feira (15) um hotel de luxo em Uagadugu, capital de Burkina Fasso, e mantiveram hóspedes e funcionários reféns.
Ao menos 23 pessoas morreram no ataque, segundo informou neste sábado (16) o presidente Roch Marc Christian Kabore, que classificou a ação como "covarde".
O ministro de Segurança do país, Simon Compaore, disse à rádio estatal que as vítimas do ataque ao Hotel Splendid, frequentado por turistas estrangeiros, são de 18 nacionalidades. Ele não deu mais detalhes.
A assessoria de imprensa do Itamaraty afirmou que não há informações até o momento sobre brasileiros entre os reféns. A comunidade brasileira no país tem cerca de 45 pessoas.
O atentado foi reivindicado pela Al Qaeda no Magreb Islâmico, braço da rede terrorista.
Militares do Exército burquinense e tropas francesas retomaram o controle do Splendid e do café vizinho Cappuccino na manhã deste sábado e libertaram 126 reféns.
O ministro Compaore afirmou que ao menos 33 dos reféns ficaram feridos e três invasores foram mortos, dois africanos e um árabe.
Uma segunda operação acontece no Hotel Yibi, próximo ao local do sequestro, onde as forças de segurança suspeitam que parte do grupo armado possa ter se escondido. Segundo o presidente Kabore, um quarto criminoso foi morto no hotel.
O presidente afirmou ainda que dois dos invasores eram mulheres, mas não deu mais detalhes.
INVASÃO
O ataque teve início às 19h45 (17h45 em Brasília) desta sexta-feira (15), quando tiros e explosões foram relatados na área do Splendid e do Cappuccino.
No Splendid, que tem 147 quartos, se hospedam frequentemente turistas de países ocidentais e funcionários das Nações Unidas.
Entre os reféns, estava o ministro de obras públicas do país, Clément Sawadogo, que foi libertado durante a madrugada.
Carros e motos foram queimadas nos arredores do hotel, onde era possível ver vidro quebrado e cadeiras viradas.
As forças de segurança isolaram o bairro.
Dezenas de soldados franceses chegaram na madrugada deste sábado ao local, vindas do vizinho Mali, para auxiliar na operação de retomada do prédio.
Segundo as agências de notícias, houve trocas de tiros por toda a madrugada, até depois do amanhecer.
A Al Qaeda no Magreb Islâmico reivindicou o ataque em uma mensagem postada em uma página da internet ligada a extremistas, segundo o grupo de monitoramento Site. No comunicado, o grupo disse batalhar contra os inimigos da religião.
Burkina Fasso, país de maioria muçulmana (60%) que se tornou independente da França em 1960, é um importante aliado de Paris e de Washington no combate a militantes islamitas no oeste da África.
O presidente francês, François Hollande, disse apoiar a nação contra o "ataque odioso e covarde".
A Embaixada Americana no país também condenou o ataque, que descreveu como uma ação "sem sentido contra pessoas inocentes".
O ataque sem precedentes contra a capital é um desafio para o presidente Kabore, eleito em novembro após o período caótico que seguiu a queda de Blaise Compaoré, após 27 anos no poder, em uma revolta popular em 2014.
Ele convocou uma reunião de emergência para a manhã deste sábado.
PAÍS VIZINHO
A invasão ocorre menos de dois meses depois do ataque ao hotel Radisson Blu na capital do Mali, Bamako, que deixou 20 mortos, incluindo 14 estrangeiros. Dois grupos reivindicaram o ataque de Bamako: Al Murabitun e a Frente de Libertação de Macina (FLM, movimento jihadista malinês).
Os terroristas mantiveram durante várias horas cerca de 150 clientes e funcionários do hotel como reféns antes da intervenção das forças do Mali, apoiadas por forças especiais francesas e americanas e por agentes das Nações Unidas. Dois terroristas morreram.
Após esses ataques, os serviços consulares franceses em Burkina Fasso ampliaram sua zona vermelha de perigo, desaconselhando viagens para grande parte do país. Ainda que a capital não tenha sido incluída, Paris recomendou prudência. Fontes de segurança tinham sugerido a hipótese de ataques jihadistas na região.

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