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Mercadante diz que Brasil deveria barrar físico que falou em atentados

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro Aloizio Mercadante (Educação) afirmou que o cientista Adlène Hicheur, que cumpriu pena na França entre 2009 e 2012 por "associação com criminosos com vistas a planejar um atentado terrorista", não deveria ter entrado

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 11.01.2016, 20:13:40 Editado em 27.04.2020, 19:53:44
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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro Aloizio Mercadante (Educação) afirmou que o cientista Adlène Hicheur, que cumpriu pena na França entre 2009 e 2012 por "associação com criminosos com vistas a planejar um atentado terrorista", não deveria ter entrado no Brasil.
Reportagem publicada pela revista "Época" neste fim de semana diz que Hicheur, 39, está no país desde 2013, recebe uma bolsa do governo federal para desenvolver pesquisas e atua como professor-visitante da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Mercadante afirma acompanhar o caso há cerca de três meses, quando ainda era titular da Casa Civil.
"É logico que [Hicheur] deveria ter sido bloqueado. Uma pessoa que foi condenada por prática de terrorismo não nos interessa para ser professor no Brasil. Não temos nenhum interesse nesse tipo de pessoa", afirmou o ministro nesta segunda-feira (11).
O julgamento de Hicheur, um respeitado pesquisador do Cern (o centro de pesquisa nas cercanias de Genebra que abriga o superacelerador de partículas conhecido como LHC), foi amplamente divulgado por jornais europeus e americanos em 2012.
Segundo relatos desses jornais, o franco-argelino foi detido em 2009 e condenado em 2012 por trocar mensagens que falavam em atingir empresas e pessoas proeminentes na Europa com um interlocutor em fórum da internet usado pela rede terrorista Al Qaeda.
Ele alega, porém, que nunca agiu para concretizar suas sugestões —algo que não foi comprovado ao longo do julgamento.
Após cumprir parte da pena, o cientista obteve liberdade condicional em 2012. Apesar disso, a Suíça decidiu, em 2015, proibi-lo de exercer sua atividade profissional no país.
Os advogados do franco-argelino alegaram, após o julgamento na França, que ele foi um bode expiatório. Reportagens de jornais como o americano "New York Times" e o britânico "Guardian" publicadas na época da condenação citam o debate sobre a rigidez da lei francesa.
Hicheur, que está no Brasil legalmente como bolsista do CNPq, chegou a ser investigado pela Polícia Federal, afirmou a revista brasileira.
A "Época" diz ter procurado o cientista e afirma que ele pediu para ser "deixado em paz".
OLIMPÍADAS
Para Mercadante, é preciso se manter alerta diante do episódio —principalmente diante da proximidade dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, em agosto.
"Devemos nos preocupar. (...) Não consta que o Brasil seja alvo de ação de terroristas, mas podemos ser palco de uma ação terrorista. Especialmente num episódio como a Olimpíada", disse ele, citando a atenção da imprensa para o evento.
"O Brasil não é alvo, mas pode ser palco. Por isso esse trabalho de inteligência é muito importante", resumiu. O ministro preferiu não responder se o franco-argelino deve ser deportado do Brasil, mas se mostrou favorável ao desligamento dele da UFRJ.
"Acho que [a universidade] está aguardando medidas legais cabíveis e eu acho que procedem num caso como esse."

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