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Prefeitura interdita praias no litoral do ES por causa de lama

ALEX CAVALCANTI VITÓRIA, ES (FOLHAPRESS) - No auge da temporada de verão, as principais praias de Linhares, no Espírito Santo, foram interditadas devido ao aumento da turbidez da água. O problema, segundo a secretaria municipal de Meio Ambiente, está a

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 07.01.2016, 14:50:28 Editado em 27.04.2020, 19:53:49
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ALEX CAVALCANTI
VITÓRIA, ES (FOLHAPRESS) - No auge da temporada de verão, as principais praias de Linhares, no Espírito Santo, foram interditadas devido ao aumento da turbidez da água.
O problema, segundo a secretaria municipal de Meio Ambiente, está associado à onda de rejeitos de minério que atingiu a região após o rompimento da barragem da mineradora Samarco, em Mariana (MG), em novembro.
Nas avaliações realizadas nesta quarta-feira (6), o índice de turbidez, ou seja, de partículas em suspensão na água, aumentou quase 1.000% em relação ao registrado até domingo (3). A turbidez, medida em NTU's (Unidades Nefelométricas de Turbidez), subiu de 13 para 130 no período.
Foram interditadas as praias de Pontal do Ipiranga, Degredo e Barra Seca. Com a medida, todos os cem quilômetros de costa de Linhares estão interditados --as praias de Regência, Comboios e Povoação foram interditadas em 22 de novembro, quando a onda de lama alcançou a foz do rio Doce.
O secretário de Meio Ambiente de Linhares, Rodrigo Paneto, afirma que aplicou o princípio da precaução. "Não há estudos que assegurem que não há risco para os banhistas no contato com esse material e, na dúvida, é melhor prevenir", afirma o secretario. "Eu não deixaria meus filhos mergulharem nessa água. Se não acho seguro para minha família, por que arriscaria a família dos outros?", diz.
Segundo o secretário, o mar está sendo monitorado desde a chegada da onda de lama ao município. Ele afirmou que a Samarco "peca" no fornecimento de laudos e informações detalhadas, mas dá apoio ao monitoramento.
De acordo com o Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), que faz o trabalho de monitoramento, atualmente a mancha de lama ocupa uma área de 66,6 quilômetros quadrados, estendendo-se por cerca de 55 km ao norte da foz do rio Doce. No momento mais crítico, no fim de dezembro, a mancha ocupou uma área de 168 quilômetros quadrados.
Donos de pousadas, hotéis e comerciantes da região veem a decisão da prefeitura com desconfiança. Anilton de Oliveira Porto, proprietário da pousada Recanto dos Pássaros, acha que a prefeitura deveria esclarecer os motivos da interdição.
"Quem vive aqui sabe que toda vez que chove a água fica turva. Choveu o fim de semana todo e, agora, a água está assim. Quem garante que isso é lama?", questiona o empresário, que investiu mais de R$ 20 mil em reformas na pousada e viu a clientela desaparecer. "As reservas foram todas canceladas por causa das notícias dessa mancha. Hoje, por exemplo, não tenho nenhum hóspede."
A Samarco foi procurada pela reportagem, mas não respondeu até o início da tarde desta quinta.

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