MARIANA CARNEIRO, ENVIADA ESPECIAL
ASSUNÇÃO, PARAGUAI (FOLHAPRESS) - O governo da Argentina já tem um cronograma para ajudar os importadores do país a saldar as dívidas contraídas em compras feitas no exterior e que não estavam sendo honradas por falta de divisas.
Segundo o presidente do banco central argentino, Federico Sturzenegger, empresas importadoras poderão entrar em um programa de compra paulatina de dólares para esta finalidade. A estimativa é que todo esse passivo represado seja liquidado até julho do ano que vem.
O ministro da Fazenda, Alfonso Prat-Gay, disse que o estoque da dívida de importadores privados com fornecedores estrangeiros é de cerca de US$ 5 bilhões.
"Mas pode ser menor, porque muitas operações podem ter sido saldadas no mercado informal", disse.
Uma parte importante desse passivo é com exportadoras brasileiras, uma vez que o Brasil é o principal fornecedor da Argentina, responsável por cerca de um quarto das importações do país.
Prat-Gay informou ainda que uma parte das empresas deverá optar por outra modalidade de acesso a dólares, por meio de títulos. A alternativa é mais rápida e deverá atender grandes empresas, sobretudo as do setor automotivo, que têm que fechar seus balanços.
Esses títulos, segundo Prat-Gay, começarão a ser emitidos nesta semana e não representam um aumento do endividamento público.
"Duas reflexões, não são dívidas só com empresas brasileiras e não é uma dívida do Estado nacional, é uma dívida entre privados", afirmou ele.
O ministro reforçou que as barreiras burocráticas à importação perderão a validade no fim deste mês e, a partir daí, passará a vigorar o sistema aplicado na maioria dos países, de autorizações automáticas e não-automáticas (as segundas para um grupo menor de produtos) para as importações.
Escrito por Da Redação
Publicado em 20.12.2015, 21:28:41 Editado em 27.04.2020, 19:54:06
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