Haddad diz que é preciso convencer cidadão a fazer coleta seletiva

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse nesta sexta-feira (18) que a saída para atingir a meta de universalização da coleta seletiva do lixo imposta pela própria prefeitura é “convencer quem quer fazer a coleta seletiva, mas não está podendo”.
A promessa da prefeitura é ampliar de 1% para 10% a proporção de lixo produzido reciclado até o final do ano que vem. Hoje, segundo Haddad, o índice se limita a 3% e 3,5%, dependendo do mês.
‘Não adianta convencer a fazer mais quem já está fazendo [a separação do lixo]. Vamos convencer quem está querendo fazer e não está podendo‘, disse Haddad na inauguração de um usina de tratamento de lixo de estabelecimentos da área da saúde, em Itaquera, na zona leste de São Paulo.
No final de setembro, a Folha de S.Paulo revelou que a gestão Haddad estava longe do cumprimento da meta que fixou para a reciclagem na cidade, além da subutilização das usinas de processamento de lixo. Na ocasião, o secretário de Serviços, Simão Pedro, disse que a baixa adesão pela população.
MORCEGÕES
“Nos já estamos em 85 distritos, mas só 40 estão com coleta universal, em todas as ruas. O ano que vem nós vamos terminar com os 96 distritos com coleta universal. Pretendemos esgotar nossa capacidade de reciclagem porque nós temos hoje uma capacidade ociosa”, disse Haddad.
Sobre os chamados “morcegões”, caminhões não identificados que recolhem produtos recicláveis já separados para revender, Haddad disse que não é possível estimar o quanto eles conseguem levar para suas centrais manuais. “Não deixa de ser um serviço útil, mas acaba prejudicando os trabalhadores das cooperativas de recolhimento de lixo”, afirmou.